A mãe do jovem Eduardo Santiago Machado, de 16 anos, que morreu após se afogar na Praia Central de Guaratuba, no litoral paranaense, no último sábado (1º), fez um tocante desabafo sobre a perda do filho em uma rede social. Além de expressar toda a dor diante da tragédia, Diellen Mayra Machado agradeceu o apoio recebido dos moradores da cidade e ao trabalhos do Corpo de Bombeiros.

Em uma postagem no Facebook, Diellen contou que a família, que mora em Irati, na região central do Paraná, viajou para o litoral para realizar o grande sonho de Eduardo.
“Meu filho sonhava conhecer o mar e fizemos de tudo para realizar esse desejo. Somos uma família simples, trabalhamos na lavoura, mas lutamos para que ele tivesse essa experiência. E ele se encantou. Disse para mim: ‘mãe, ainda vou morar aqui’. Ele pesquisava tanto sobre o mar no celular, acompanhava as postagens do canal, era fã desse lugar. Infelizmente, o mar também se encantou por ele”, afirma a postagem.
Jovem se afogou junto com outras pessoas
No entanto, o que seria um momento de imensa alegria para a família se transformou em uma grande tragédia. Eduardo e outras quatro pessoas se afogaram no mar no início da manhã de sábado. As demais vítimas conseguiram sair da água com ajuda de um pescador. Porém, o adolescente submergiu antes de ser resgatado e desapareceu. O corpo do jovem só foi localizado no domingo (2), a cerca de 2,5 quilômetros do local em que ele se afogou.

“Eu acompanhei os bombeiros em cada momento das buscas. Eles me prometeram que encontrariam meu filho e cumpriram. Meu coração está despedaçado, mas agradeço profundamente a toda a corporação por sua dedicação, apoio, abraços e conforto”, afirma Diellen, que rebate os boatos de que o filho estava bêbado no momento do acidente.
Afogamento ocorreu fora do horário de trabalho dos bombeiros
“Quero deixar claro: meu filho nunca bebeu, não estava bêbado, nem virado de Carnaval. Ele não conhecia o mar, se empolgou e foi. Eu o aconselhei, mas ele não sabia sobre correntes e nem para onde voltar. Não havia placas de aviso no local e os bombeiros ainda não estavam em serviço naquele horário”, explica.

Ela lamenta também os comentários preconceituosos de que a família foi alvo mesmo ap´so a tragédia.
“Fomos chamados de ‘xucros’, de ‘gente do mato’, mas somos apenas sonhadores. Meu filho realizou seu maior sonho e partiu ali. Agora, meu sonho se foi. Mas preciso seguir, porque tenho um bebê que ainda precisa de mim. Só peço a Deus forças para continuar. Obrigada a todos que, em vez de julgar, nos acolheram”, complementa.
E mesmo em meio a imensa dor da perda, Dielle agradeceu ao acolhimento que recebeu dos moradores de Guaratuba.
“Quero expressar minha eterna gratidão ao povo acolhedor de Guaratuba. No meio da dor, encontrei verdadeiros anjos que me deram apoio e me acolheram quando eu não tinha nada, nem mesmo onde ficar”, conclui.
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