Curitiba - Dona Valdineia, avó de Heitor, de 2 anos, lamentou a morte do menino após as agressões que sofreu. À equipe da RIC Record, ela contou que recebeu da mãe da criança fotos do neto em uma maca do Hospital Angelina Caron e percebeu manchas vermelhas na testa do menino.

colagem com fotos de diogo e sabrina, acusados com responsáveis pela morte de heitor de dois anos
Até o momento, Diogo e Sabrina não têm advogado de defesa (Foto: Reprodução/Ric RECORD)

Um laudo pericial confirmou que Heitor morreu em decorrência de politraumatismo, após supostas agressões sofridas pelo padrasto, no último sábado (1º), no bairro Uberaba, em Curitiba. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) investiga o caso e aponta o homem, identificado como Diogo, de 28 anos, como o principal suspeito. A mãe da criança, Sabrina, de 27 anos, também foi presa por suspeita de encobrir os abusos cometidos pelo companheiro.

Durante depoimento, mãe e padrasto afirmaram que o bebê morreu em decorrência da queda de uma cama, distante 58 centímetros do chão. Mas o laudo pericial mostrou que as lesões da criança não condizem com a versão apresentada pelo casal.

“Meu neto morreu espancado por eles (…). É isso que o laudo mostra: espancamento. Uma criança cair da cama não faria o que fizeram com ele. Eu só quero justiça, quero que a justiça seja feita, que eles permaneçam presos e paguem pelo que fizeram com o meu neto”, disse dona Valdineia.

Investigações apontam que Heitor sofreu agressões anteriores

A delegada Gabrielle Amaral, responsável pela investigação, afirmou que a prisão preventiva do casal foi decretada “pela gravidade do crime, maus-tratos com resultado de morte, pelo risco de fuga dos autores e outros elementos coletados durante as investigações”.

“A mãe estava sendo negligente. Provavelmente, essa criança já havia sido agredida anteriormente. Obtivemos essas informações porque a diretora da escola onde ela estudava nos afirmou que, geralmente, nas segundas-feiras, a criança aparecia com hematomas. A mãe foi chamada ao colégio e relatou que poderia se tratar de algum problema de saúde a ser investigado, mas não deu maiores detalhes. Por isso, a suspeita é de que a criança vinha sofrendo maus-tratos”, completou a delegada.

De acordo com o relato de Sabrina à família, no dia da morte, ela teria saído para trabalhar e, ao retornar, encontrou o filho passando mal.

“Eu cheguei e ele tava passando mal, não quis comer, só vomitava e vomitava. Quando cheguei, o Diogo tava com ele, e ele praticamente desmaiado, pálido. Aí eu fui correndo desesperada no meu primo, e a gente levou ele pra UPA Afonso Pena”, contou a mãe em mensagem de áudio enviada a familiares.

Sabrina afirmou ainda que, segundo os médicos da unidade, a glicemia da criança estava muito alta, o que levantou a suspeita inicial de diabetes, diagnóstico desconhecido pela família.

O atestado de óbito emitido pelo hospital confirmou politraumatismo como causa da morte. A Polícia Civil está investigando o caso.

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Jessica Ibrahin

Repórter

Jéssica Ibrahin é formada em Jornalismo e pós-graduada em Ciência Política pela UNICAP. Atuou em redações de rádio, TV e portais de notícia, com experiência em entrevistas e reportagens sobre política, cultura e comportamento.

Jéssica Ibrahin é formada em Jornalismo e pós-graduada em Ciência Política pela UNICAP. Atuou em redações de rádio, TV e portais de notícia, com experiência em entrevistas e reportagens sobre política, cultura e comportamento.