A modelo encontrada ferida na beira de uma estrada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, teria sido escalpelada e torturada em uma festa. Maria Kovalchuk, de 21 anos, teria sido deixado para morrer pelos agressores no local, mas foi resgatada e atualmente se recupera dos ferimentos na residência da mãe, na Noruega.
Em entrevista ao programa de TV ucraniano Hovoryt vsia kraina, a modelo mostrou cicatrizes no couro cabeludo, que precisou ser costurado após as agressões. A mãe de Maria, Anna Kovakchuk, de 40 anos, disse que o cabelo da filha “foi tosquiado com uma faca”.
“Não está claro por que o cabelo foi cortado, porque não foi feito no hospital. As enfermeiras me disseram isso e confirmaram. Elas não teriam conseguido levantá-lo daquele jeito no hospital, porque havia um ferimento enorme na cabeça”, disse Anna.
A modelo produzia conteúdo adulto para a plataforma Onlyfans. Ela revelou que havia sido convidada para uma festa em um hotel por dois homens e uma mulher que se identificaram como profissionais do setor da moda.
No dia 11 de março, Maria tinha um voo programado para a Tailândia, mas não compareceu ao aeroporto. Familiares e amigos acionaram as autoridades locais, e o caso passou a ser investigado.
Pouco mais de uma semana após o desaparecimento, a modelo foi encontrada com múltiplas fraturas na coluna e nos membros, sem qualquer documento, telefone ou pertences pessoais.
A modelo chegou a ficar em coma por duas semanas e ainda não consegue andar sem a ajuda de muletas, bem como teve a memória prejudicada desde o crime.
Família acredita que modelo foi escravizada em festa de ‘sexo extremo’
A família da modelo ucraniana Maria Kovalchuk acredita que ela foi vítima de exploração sexual em uma festa de luxo em Dubai, conhecida por envolver práticas fetichistas extremas e abusivas.
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A polícia de Dubai afirmou que a modelo entrou sozinha em um canteiro de obras restrito e caiu de uma altura significativa, o que teria causado seus ferimentos graves, incluindo fraturas na coluna e membros quebrados. No entanto, a família contesta essa versão e suspeita que ela tenha tentado fugir de uma situação de abuso.
De acordo com o canal de Telegram Mash, Kovalchuk supostamente participava de eventos exclusivos em Dubai e ganhava a vida com trabalho adulto, envolvendo-se com fetiches extremos. Algumas dessas festas, conhecidas como “porta potty”, oferecem grandes quantias de dinheiro para mulheres participarem de práticas sexuais degradantes.
A modelo teria denunciado três russos: Artyom Papazov, de 19 anos, Alexander Laptinsky, de 28, e Aleksandra Mertsalova, de 19; pelos abusos sofridos na festa de “sexo extremo” em Dubai.
Segundo o jornal britânico Daily Star, os russos foram investigados pela polícia de Dubai, mas não foram acusados do crime. Em depoimento eles teriam alegado que ajudaram a modelo e que Maria teria pedido para ir à festa.
“Quando os jovens têm dinheiro e não têm limites, eles encontram um ‘animal de estimação’, alguém para atormentar”, desabafou a mãe da modelo, de acordo com o jornal britânico “Daily Star”. Anna, que vive na Noruega, disse ter tido acesso ao processo da polícia de Dubai sobre a filha, de onde constavam os nomes dos três russos investigados.
O que são as festas “porta potty”, em que modelo foi escalpelada e torturada
As chamadas “porta potty” são festas clandestinas onde mulheres podem receber milhares de dólares para participar, sendo submetidas a exploração sexual extrema, com práticas degradantes e violentas.
Entre as experiências extremas, estão ter os dentes arrancados, serem espancadas, cabelos raspados ou até penduradas em ganchos de metal. Quanto mais atraente e popular a mulher, maior o valor que pode receber, chegando a cifras de até US$ 100.000.
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Editor
Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.
