Morreu o detento Mauro José Cavalcante Sobrinho, apelidado de Ceará, de 58 anos de idade, que era um dos denunciados como autor da morte do casal Kawane Cleve e Rubens Biguetti Junior, em agosto de 2020.
O detento, que estava preso na Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste, na região Noroeste do Estado, havia sofrido recentemente um AVC e estava com a saúde debilitada. A morte foi confirmada pela justiça na noite de quinta-feira (6).
Em nota, o Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen) relatou que os detentos acionaram servidores da carceragem por volta das 18h de ontem para dizer que Ceará estava passando mal na Galeria 17.
Segundo o Depen, ele foi encaminhado ao Hospital Municipal de Cruzeiro do Oeste, apresentou quatro paradas cardiorrespiratórias e morreu no hospital.
Homicídio e ocultação de cadáver
Ceará tinha sido denunciado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver, com o agravante de ter agido por motivo torpe.
No mesmo caso, também foram denunciados Suziane Ferreira dos Santos, 23 anos, Alessandro Bennatti de Souza Junior, 24, vulgo Mohamed, e Tatiana Aparecida da Silva, 34.
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Suziane está presa preventivamente na Cadeia Pública de Goioerê, Mohamed segue preso na Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste e Tatiana se encontra em liberdade.
Relembre o crime
O casal Kawane Cleve e Rubens Biguetti Junior desapareceu no dia 3 de agosto do ano passado. O desaparecimento veio à tona quando o bebê, filho do casal, à época com 4 meses de vida, foi encontrado abandonado em Goioerê.
As investigações apontaram que Tatiana, amiga de Suziane, ficara incumbida de cuidar da criança durante a execução do casal e, posteriormente, abandonou o bebê na calçada em frente à casa de sua vizinha na Avenida Norte do Paraná, no Jardim Curitiba, em Goioerê.
No dia seguinte, o carro do casal, um Honda Civic, foi encontrado incendiado em uma estrada rural, no município de Moreira Sales. Buscas foram realizadas por toda a região, mas os corpos não foram encontrados até hoje.
No entendimento da Promotoria de Justiça, o crime teve motivação torpe, pois os acusados consideraram que as vítimas haviam denunciado um ponto de tráfico de drogas que existia na casa de Suziane, vizinha de frente do casal.
Suziane tinha como comparsas no crime, além do marido, Mohamed e Ceará, fato confirmado após dados obtidos do celular de Suziane.
