A morte do adolescente Eduardo Menarczuk, de 14 anos, ocorrida em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, é investigada pela Polícia Civil. A família do garoto suspeita que ele pode ter tirado a própria vida para cumprir um desafio feito na internet.
A mãe, que prefere não ter o nome divulgado, conta que o filho era um bom aluno e que gostava muito de jogos online. Ela explica que Eduardo foi criado pelo pai desde os três anos de idade, quando ela se separou do marido, e que ficou sabendo da morte do filho por telefone. “Eu estava na minha casa, por volta de umas 7 horas da noite, foi quando teve umas ligações no meu celular e eu retornei para saber o que era. Era a madrasta do meu filho, falando que precisava falar comigo e que eu precisava ser forte.”
No último ano, devido a pandemia de covid-19, ela e o filho se viram poucas vezes. Mesmo não tão presente na vida de Eduardo, ela percebeu por uma atualização de status feita em uma rede social que o adolescente poderia não estar bem. A mensagem escrita pelo adolescente era: “atraso mata, seguida de uma carinha triste.”
Ainda segundo a mãe, ela conversou com o jovem, mas ele preferiu não se abrir e falar o que estava acontecendo. Ela e outros familiares de Eduardo acreditam que o “mundo virtual” possa ter estimulado o comportamento depressivo e até mesmo incentivado o adolescente a tirar a própria vida.
De acordo com o delegado Fábio Machado, responsável pelo caso, a polícia irá ouvir amigos e familiares de Eduardo para descobrir o que de fato aconteceu. “Nós vamos ouvir todos familiares, vamos verificar o que aconteceu, os amigos, as pessoas mais próximas, buscar as informações do cotidiano desse jovem, como ele se comportava, se tinha algum problema psicológico.”
Machado também ressalta que é importante que os pais fiquem atentos a mudanças no comportamento dos filhos, vejam o que eles estão acessando nos celulares e caso necessário procurem a Polícia Civil.
“Verifiquem o que seu filho está fazendo no celular, o celular é o mundo dos adolescentes nos dias de hoje. A gente tem que fiscalizar porque através dos celulares estão entrando dentro da sua casa muitos criminosos”, completa o delegado.