A Polícia Civil (PC) investiga o caso da morte de uma recém-nascida em Tutóia, município localizado a 220 quilômetros de São Luís no Maranhão, com marcas de estupro. A pequena Vitória, de apenas uma semana e sete dias, foi levada ao hospital após passar mal. Entretanto, o bebê não resistiu e morreu.
No dia da internação os médicos já desconfiaram de abuso sexual, pois o bebê possuía lesões na região anal e também na vagina. Um laudo divulgado na sequência confirmou a suspeita, porém, agora a polícia investiga quem seria o autor do crime.
Mãe da recém-nascida morre após o parto
Vitória estava sob os cuidados do pai, Joel Cabral, após sua mãe, Joana D´árc Rocha da Silva, de 20 anos, morrer dias após dar à luz por complicações no parto. Com a guarda da criança, o homem ficou responsável e cuidava da menina em casa, onde morava com a mãe, o padrasto e três irmãos, todos adultos.
Aproximadamente duas semanas após a morte de Joana, a família da vítima acionou o Conselho Tutelar alegando falta de higiene e más condições para a criação do bebê. Segundo parentes, os familiares paternos alimentavam Vitória apenas com farinha e água. Entretanto, após a visita de uma conselheira, não foi relatado condições irregulares.
Recém-nascida morre com marcas de estupro
Poucos dias após a resposta do Conselho Tutelar, a família materna da recém-nascida recebeu a trágica notícia. De acordo com os parentes paternos, Vitória começou a passar mal e teve que ser levada ao hospital. Mas, não resistiu e acabou morrendo.
Em um laudo divulgado, foi comprovada a suspeita de abuso sexual. De acordo com o documento, Vitória continha lesões na região anal, causadas a menos de dez dias, podendo ser pela manipulação digital, pênis, ou outro objeto. Na área da vagina, a bebê apresentava dermatite, que aponta para a falta de cuidado com a higiene da recém-nascida.

Pai é preso, mas solto em seguida
Com as investigações para descobrir o autor dos crimes, a PC chegou a prender o pai da criança. Entretanto, Joel Cabral foi liberado em sequência por falta de provas.
A polícia ouvirá todos os moradores da residência onde Vitória morava, além de pessoas próximas a família. O Ministério Público de Tutóia também está acompanhando o caso. A família da mão do bebê cobra agilidade.