
Onda de violência no transporte coletivo da capital gera revolta da categoria
Um motorista de ônibus de 35 anos levou duas facadas de um passageiro enquanto trabalhava na noite desta segunda-feira (4), por volta das 19h30, em Curitiba. A linha era o ligeirinho Inter 2, e o crime aconteceu na Avenida Presidente Arthur Bernardes, logo depois do trabalhador solicitar que o homem abaixasse o volume do celular.
Segundo outros passageiros que presenciaram o ataque, o sujeito – ainda não identificado-, já entrou alterado no ligeirinho, estava bastante agitado, dando cotoveladas, reclamando do trânsito e com o celular tocando música muito alta. No momento em que o condutor pediu que diminuísse o volume, ele, então, passou a proteção de metal que separa o motorista do restante do ônibus, começou chamá-lo para brigar, gritou para a porta ser aberta, desferiu as duas facadas e saiu correndo. Ferido na cintura e no peito o motorista foi encaminhado consciente ao Hospital Evangélico.
A Guarda Municipal esteve no local e fez buscas pelo criminoso, mas ninguém foi preso.
Onda de violência
De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus (SINDIMOC), acontecem em média nove ocorrências policias por dia no transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana.Na semana passada, um cobrador foi assassinado com dois tiros no fim da viagem. Em 2017, vários casos de assaltos, arrastões e assassinatos têm vitimado motoristas, cobradores e passageiros.
Há alguns meses foi criado o Comitê de Combate à Violência no Transporte Coletivo e uma das medidas reivindicadas é a instalação de câmeras em todos os ônibus, entretanto, até agora nada foi feito.
O SINDIMOC anunciou nesta segunda-feira (4) uma série de assembleias e mobilizações em protesto a falta de segurança no transporte coletivo. O objetivo é fazer um ato de grandes proporções no dia 20 de setembro, às 15h, na Praça Rui Barbosa.
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