Os dois motoristas que dirigiram o ônibus desgovernado que que arrastou diversos carros parados no sinal na última sexta-feira (13), prestaram depoimento na Delegacia de Trânsito da Polícia Civil, em Curitiba, sobre o acidente que matou o empresário Marcos Lazario, no bairro Santa Quitéria.

De acordo com o depoimento do primeiro motorista, o ônibus apresentou a primeira falha mecânica na Praça Rui Barbosa. Foi no sistema do ar, que controla vários componentes do veículo, como abertura de portas e também os freios. Ele afirmou que o veículo trava quando esse tipo de problema acontece e que acionou o mecânico.
“O mecânico perguntou o que aconteceu e eu disse que baixou o ar. Daí ele foi lá ver e constatou que realmente tinha abaixado e travou o carro. Ai ele disse que arrumou. Liguei o ônibus e estava funcionando normal.

O que diz o mecânico acionado no conserto do ônibus desgovernado
O mecânico acionado para consertar o problema no ônibus também prestou depoimento. Ele afirmou que se tratava de um vazamento em uma conexão e que aparentemente se tratava de um problema simples.
“Chegando lá constatei que tinha um vazamento de ar, embaixo do ônibus. Eu reapertei a conexão que tinha soltado”, falou o mecânico.
Troca de motoristas e acidente
Após o conserto, o ônibus seguiu pela Avenida Iguaçu, porém, voltou a apresentar problemas mecânicos. Os passageiros então desembarcaram e foi encaminhado para um veículo reserva.
Depois disso, a troca de motoristas foi feita e quem assumiu a direção do ônibus com defeitos foi um segundo condutor que levaria o coletivo até a garagem para uma avaliação detalhada. Durante o trajeto aconteceu o acidente que matou o empresário.
Em seu depoimento, o condutor explicou que o ônibus desgovernado não foi guinchado porque aparentemente não se tratava de um problema grave.
“Caso seja um serviço simples, eles não reportam e nós podemos levar. Caso seja mais grave eles falam que não podemos dirigir e o veículo é rebocado”, revelou.
Segundo o relato do motorista, o coletivo apresentou uma nova pane antes do acidente, mas nada apareceu no computador de bordo. Ele também explicou detalhes de como aconteceu a batida.
“Estava descendo a Iguaçu sentido a rua José Benedito Cottolengo, no final da rua estava na segunda faixa da direita para esquerda, senti que o carro não respondia mais aos freios. Nisso me desesperei com a parte da frente. Em seguida, fui avisando o pessoal, buzinando e então colidi com o Fiat Uno. O que eu pude fazer para escapar, eu fiz. Se entrasse para esquerda entraria em um comércio. Minha primeira tentativa seria aquela praça há alguns metros do acidente”, explicou.

Protocolos foram seguidos
De acordo com os depoimentos, o protocolo em caso de falha mecânica foi seguido. A decisão de acionar ou não o guincho teria sido do mecânico. Mas ele também disse que o problema nos freios que causou o acidente não tinha relação com a falha mecânica no sistema de ar.
O inquérito sobre o acidente continua aberto. Além dos depoimentos, o ônibus também passa por perícia.
Vítima do acidente era dono de churrascaria
O empresário Marcos Lazario foi identificado como a vítima deste grave acidente. Ele era proprietário da churrascaria Master Grill, em Curitiba. A página do estabelecimento foi a primeira a confirmar a morte de Marcos.
O corpo do proprietário da churrascaria foi sepultado no último sábado (14), em Colombo, município da Região Metropolitana de Curitiba.

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