O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou por duplo homicídio qualificado o homem que matou pai e filho em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Mesmo com a denúncia, o MPPR não pediu a prisão preventiva do suspeito.
A denúncia assinada pelo promotor Marcos Antonio Lopez Stamm, da 1ª Vara Criminal do Foro Regional de São José dos Pinhais, denuncia Paulo Cesar da Silva por duas acusações de homicídio qualificado por motivo fútil e mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. Stamm ainda denunciou o suspeito pelos delitos de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e ameaça.
Mesmo sem o pedido de prisão preventiva, devido ao homem ter retornado a casa das vítimas, o promotor aplicou medidas restritivas do suspeito contra Rosimari Fogaça Cardoso Costa Lima e familiares. Assim, Paulo Cesar não poderá se aproximar da residência, nem do local de trabalho, sob risco de ser detido preventivamente.
O MPPR ainda previu, caso o suspeito seja condenado pelo duplo homicídio de pai e filho, que ele pague uma indenização no valor de R$ 100 mil para cada vítima fatal e R$ 5 mil pela ameaça contra Rosimari.
Relembre o caso do homem que matou pai e filho em São José dos Pinhais
Em 6 de dezembro, na zona rural de São José dos Pinhais, o suspeito chegou a residência das vítimas em um caminhão. O homem chamou Claudecir Costa Lima, que ao sair da casa, foi atingido com tiros de espingarda por Paulo Cesar.
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Com o barulho dos tiros, Felipe Willyan Cardoso foi até a janela ver o que tinha ocorrido com o pai e também foi baleado pelo suspeito.
Imagens de câmera de segurança também mostram que o suspeito passou em frente à residência antes do ataque. Segundo o delegado Fábio Machado, isso reforça a tese de que o crime tenha sido premeditado.
Em entrevista à Ric RECORD, Rosimari apontou que o suspeito teria cometido o crime por intolerância religiosa. A vítima apontou que Paulo Cesar não gostava da família por eles serem “crentes”, versão negada pelo homem em depoimento à Polícia Civil do Paraná (PCPR).
Paulo Cesar assumiu a autoria dos crimes, mas apontou que “sentia medo” dos vizinhos e que havia sido ameaçado pelas vítimas em diversas oportunidades.
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Editor
Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.
