MPPR apresenta denúncia por tortura seguida de morte contra proprietária de lar de idosos de Maringá; acusada permanece presa

O Ministério Público do Paraná (MPPR) apresentou nesta sexta-feira (20), denúncia criminal contra duas responsáveis por uma Instituição de Longa Permanência de Maringá. Elas foram denunciadas por tortura seguida de morte contra um dois moradores do local. A proprietária foi presa em 4 de agosto. 

Segundo o MPPR, as duas praticaram maus-tratos aos idosos, como violência física, verbal e psicológica. A promotoria diz que as acusadas doparam um idoso, de 91 anos, que sofreu uma queda pelos efeitos do medicamento, que resultou em uma fratura do fêmur e posteriormente sua morte. No hospital foi constatado, de acordo com a denúncia, que a higiene pessoal da vítima era precária, pois ele apresentava infecção urinária e sangue na urina. 

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O outro caso do qual são acusadas as responsáveis pela instituição é relacionado a outro idoso, de 77 anos. Segundo as apurações do Ministério Público, as denunciadas diziam que estaria “pagando os pecados” por ser advogado e ter “ajudado muitos bandidos a saírem da cadeia”. Conforme a denúncia, ele ingressou na instituição sem lesões no corpo, o que demonstra que os ferimentos apresentados no idoso foram provocados por violência e intenso sofrimento físico e mental. A vítima morreu por sepse. úlcera de pele e pneumonia secretiva. Dentre as violências destacadas na denúncia, foi apontado o uso de água sanitária nas feridas de pele e mesmo socos e empurrões quando durante o banho da vítima.

Novos casos

O MPPR pediu a abertura de um novo inquérito para investigar a possibilidade de outros crimes cometidos contra outros idosos acolhidos pela instituição, que segue interditada. Ao todo, 12 idosos eram mantidos ali e todos foram encaminhados aos cuidados dos familiares.