Mulher que foi acorrentada durante execução do marido é presa suspeita do crime

Publicado em 19 jan 2023, às 11h54. Atualizado às 12h01.

A esposa de Dirceu Borchardt, assassinado dentro de casa em Toledo, no Oeste do Paraná, foi presa preventivamente por suspeita de participação no crime. Ela foi acorrentada em uma cadeira durante o crime.

De acordo com Alexandre Macorin, delegado de Polícia Civil, a versão que ela apresentou não condiz com a realidade. “Aguardamos a conclusão dos primeiros laudos, que foi o levantamento local, que notam que a versão que ela apresentou é muito inverossímil e o comportamento também apresentado difere bastante da realidade da experiência que os policiais têm no caso.”

O crime aconteceu na madrugada de sábado (7) na residência do casal, no Jardim Coopagro. No dia dos fatos, a mulher, de 51 anos, informou aos policiais que estava dormindo com seu marido, quando acordou com alguém batendo na porta e chamando o esposo pelo nome. Ao verificar o que estava acontecendo, a mulher abriu a porta e quatro homens entraram na casa. Encapuzado, o grupo passou fita adesiva na boca da mulher, colocou um saco preto em sua cabeça e a acorrentou em uma cadeira. Na sequência, a mulher escutou uma discussão e na barulhos de batidas. Antes de sair do local, o grupo obrigou que a mulher a tomar um líquido e depois ela foi colocada em via pública. Um dos envolvidos falou que a vítima só poderia pedir ajuda após três horas. 

Durante o depoimento, ela informou que o marido estava embriagado, no entanto a polícia constatou que ele não estava. “Nós fizemos o mesmo percurso que ela falou, como se fosse criminoso, o barulho é muito grande. E que o marido pediu para ela atender a porta. Veja bem, o comportamento de uma pessoa grande, 120 quilos, pedir para uma senhora, que toma remédio controlado, para ir atender uma e meia da manhã pessoas batendo na porta, depois essas pessoas falaram alto, que queriam falar com ele. E o lado de levantamento do local e as nossas constatações “in loco” ali em logo demonstraram o seguinte: ele morreu sem chame de reação, inclusive ele estava coberto. Então essa mecânica dos fatos, da forma como ela afirmou, seria muito difícil de acontecer. O outro fato ela amarrada uma cadeira de plástico e a primeira atitude dela conseguir abrir uma porta, subir uma rampa e pedir socorro ainda presa a uma cadeira sendo que ela estava 20 metros e não foi nem ver o que teria acontecido com o próprio marido.”

A mulher, que tem familiares no Paraguai, foi presa na cidade de Marechal Cândido Rondon. a cerca de 40 quilômetros de Toledo. “A prisão temporária é concedida quando existem indícios de participação no crime. Nós podemos afirmar a priori que a versão da esposa da vítima não condiz com a realidade dos fatos. Aguardamos a conclusão dos primeiros laudos, que foi o levantamento local, que notam que a versão que ela apresentou é muito inverossímil e o comportamento também apresentado difere bastante da realidade da experiência que os policiais têm no caso.”

Várias pessoas, entre populares e familiares, foram ouvidas no inquérito policial. As investigações da Polícia Civil continuam.

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