Uma mulher, de 37 anos, foi torturada pelo namorado, de 38 anos, por dias em Sarandi, no Norte do Paraná. A vítima foi resgatada pela Guarda Municipal da cidade na última quarta-feira (23) e o suspeito foi preso em flagrante.

O casal estava junto há três anos, mas morava em Sarandi há cerca de 4 meses. Eles buscavam melhores oportunidades no Norte do Paraná, mas segundo a mulher, o relacionamento teve outros episódios de violência, com o estopim sendo o início das torturas na última segunda-feira (21).
“Foi muita tortura. Três dias me torturando. Com faca, me batendo, dando muito chute, me enforcando. A gente pensa, porque mulher não tem defesa. Eu pensei, vou acabar morrendo”, disse a vítima ao repórter Jota Júnior da RICtv Maringá.
Durante os três dias de agressões e tortura, a mulher só conseguiu escapar do namorado porque recebeu um contato de uma empresa para uma oportunidade de emprego. Com a desculpa que iria fazer uma entrevista, a vítima foi a uma delegacia registrar um boletim de ocorrência.
“Quando chegamos no local dava para ver no semblante dele ódio e raiva. Fizemos a abordagem nele e ele acatou. Ele escondeu a faca para que a equipe não encontrasse, mas nós a achamos debaixo da pia”, pontuou o supervisor da Guarda Civil de Sarandi, Ailton Lozano, ao repórter Jota Júnior.
O homem suspeito de torturar a namorada por três dias em Sarandi foi preso em flagrante e a investigação do caso está sob responsabilidade da Polícia Civil do Paraná (PCPR).
Mulher que foi torturada pelo namorado vai voltar a viver com a família

Em entrevista ao repórter Jota Júnior, a mulher confirmou que não ficará em Sarandi e deverá voltar a viver com a família, em Corumbá (MS).
“O que me doeu mais foram as palavras dele, mais até que as agressões físicas. Ele me enforcava muito, dava murros nas minhas costas. Ficava a todo momento que eu não ia ficar com ninguém, que ia me matar. Pedia para eu sair da casa, que ia jogar minhas roupas na rua”, finalizou a vítima.
O supervisor da Guarda Civil de Sarandi ainda deu detalhes das agressões cometidas pelo suspeito. Segundo Lozano, o homem chegava a dormir com a faca debaixo do travesseiro para ameaçar a vítima.
O suspeito pode responder pelos crimes de crimes de cárcere privado, lesão corporal (qualificada por configurar situação de violência doméstica e familiar contra a mulher), causar dano emocional à mulher, por ameaça (qualificada pela violência doméstica e familiar contra a mulher).
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