Curitiba - Beatriz Leão Montibeller, conhecida como a Musa do Tráfico, foi presa em um apartamento de luxo em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ela era foragida e é apontada como responsável financeira de uma organização criminosa que atua em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
Mesmo atrás das grades, o grupo coordenava o tráfico de drogas e participava da lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Para manter o controle, integrantes do grupo recebiam celulares, drogas e outros itens dentro da Penitenciária, escondidos em alimentos.
Diego Ferrari, apontado como um dos líderes e companheiro de Beatriz, coordenava as ações de dentro da prisão, repassando ordens à Musa do Tráfico.
Musa do tráfico: veja como atuava grupo liderado por Beatriz
De acordo com a Polícia Civil, Beatriz ostentava uma vida luxuosa, compartilhando viagens e procedimentos estéticos nas redes sociais, financiada pelo crime organizado. Parte da lavagem de dinheiro era realizada por empresas em nome de laranjas.
“Conseguimos verificar uma espécie de junção do Primeiro Comando da Capital, Comando Vermelho e Cartel do Sul, se juntando contra o Estado. Eles montaram quase que um pacto, para que eles tivessem força para combater o estado. Ou seja, matando os agentes e inibindo o estado com relação à repressão”, disse o delegado Thiago Andrade.
Conforme as investigações, o grupo foi formado dentro da Colônia Penal Agroindustrial de Piraquara, na Grande Curitiba. A polícia descobriu um a um dentro do grupo e revelou a identificação de Beatriz, a Musa do Tráfico.
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“Ela fazia o controle. Às vezes sugeria o que comprar, seja veículo ou apartamento para a organização, além de liberar dinheiro para a organização. Ela fazia muito a parte de lavagem de dinheiro”, disse o delegado.
Beatriz já havia sido presa anteriormente por tráfico de drogas, mas havia conseguido fugir quando a polícia encontrou apenas uma arma em sua residência. A prisão anterior foi temporária e posteriormente revogada pela Justiça.
A detenção atual é preventiva, e a Polícia Civil de Piraquara deve solicitar a transferência de Beatriz para o Paraná, a fim de aprofundar as investigações sobre seu envolvimento no crime organizado.
“Ela é capaz de tudo. Sobretudo, as pessoas que tiveram relação com ela podem virar alvos dessa organização. Ela merecia ser retirada da sociedade”, concluiu o delegado.
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Editor
Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.
