“Não acho justo eu ser condenado por causa disso”, diz empresário acusado de matar jovem em drive-thru
O jovem Gabriel Gomes Baiça Neto, de 26 anos, foi morto no dia 22 de maio deste ano enquanto estava em uma fila de um drive-thru em Cascavel, Oeste do Paraná. O principal suspeito do crime é o empresário Adinei Anelio Rotta, de 44 anos, que já foi acusado de agressão há sete anos. Adinei concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Balanço Geral, da RICtv, e deu detalhes sobre o caso.
A vítima era passageira de um carro e discutiu com o motorista de uma caminhonete. Ambos saíram dos veículos e os dois continuaram a discussão do outro lado da rua.
“Eu saquei o canivete do bolso e deferi um golpe na perna, que eu tinha certeza que tinha acertado na perna, mas infelizmente pegou no braço”,
conta Adinei.
De acordo com a reportagem, o acusado possui diversas passagens pela polícia. Entre elas, uma por agredir a própria mãe. Outro registro é por agressão seguida de morte há sete anos atrás. Segundo o programa Domingo Espetacular, que teve acesso ao último caso contra o suspeito, há 42 armas de fogo em nome de Adinei.
Após a morte de Gabriel, o Ministério Público do Paraná solicitou a cassação do registro de porte de armas de fogo que o empresário possui.
Na época do crime, Adinei ficou foragido por três semanas. Somente depois se apresentou a uma delegacia de Cascavel. Mas, não ficou preso. A defesa conseguiu um habeas corpus que concedeu prisão domiciliar.
“Não comecei a briga, não comecei a confusão, terminou de uma forma inesperada e infeliz. Não tive intenção nenhuma de tirar a vida de ninguém, e sim de me defender. Foi uma fatalidade. Não era pra ter acontecido”,
disse Adinei
Ao ser questionado sobre o canivete utilizado no dia do crime, o empresário afirmou que usa o canivete para trabalho e não como arma de defesa.
“Aconteceu de eu usar para me defender, na hora não teve saída”,
explicou Adinei.
Caso seja culpado pela morte de Gabriel, o empresário pode cumprir uma pena de até 20 anos. Ainda não há data para o julgamento.
“Não acho justo eu ser condenado por causa disso, houve um crime, houve uma morte, não foi premeditado disso eu nunca vou assumir isso. Torço para que eu seja inocentado”,
afirma o empresário.
A mãe da vítima exige justiça e acredita que Adinei pode cometer outro crime.
“Ele é um assassino, é perigoso, e vai matar novamente, é só questão de tempo”,
diz mãe da vítima.