'Não foi legítima defesa', diz filho de homem morto com 11 facadas
A família de Telmo Piloto, de 51 anos, morto com 11 facadas em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), questiona a demora e confusões no processo e pede justiça. O principal suspeito do crime, que completa um ano no dia 24 de fevereiro, é o próprio filho do homem, Bruno Piloto, de 19 anos.
De acordo com Pablo Piloto, outro filho da vítima, o irmão cometeu o crime de forma pensada e não em legítima defesa como alega.
“Eu não entendo isso. Meu pai estava debilitado. Então o Bruno em estado de raiva ou droga, poderia estar em estado agressivo, deu 11 facadas. Foi pensado mesmo, não foi legítima defesa”,
disse Pablo.
Ainda segundo Pablo, os vizinhos teriam presenciado muitos desentendimentos entre Bruno e o pai. “Várias vezes eles tiraram o Bruno de cima do pai com faca na mão e esse dia não conseguiram”, contou.
Conforme a família, Bruno está solto e “vivendo normalmente”. Logo após o crime, o rapaz teria fugido da residência antes da polícia chegar no local. Dias depois, se apresentou na delegacia acompanhado de um advogado e foi liberado.
Com a demora de informações precisas sobre o caso, Pablo resolveu questionar o andamento das investigações e descobriu que, no dia 17 de agosto, Bruno foi localizado e a família deveria esperar a convocação para prestar depoimento.
Em novembro, Pablo voltou a fazer contato com a Polícia Civil, que disse que no momento não era possível informar em qual promotoria o caso estava. No mês passado, ele voltou a delegacia e foi informado que no dia 15 de setembro, Bruno já teria feito o depoimento e confessado o crime
“Nós temos que saber o que está acontecendo, eles falam uma informação e depois de seis meses a gente chega na delegacia e eles falam outra coisa […] já vai completar um ano e a gente precisa de uma resposta, eu quero que ele pague pelo que ele fez.
desabafa Pablo.
Relembre o caso
O crime aconteceu no dia 24 de fevereiro de 2012 na rua Rio Tietê, no bairro Weissópolis, na RMC. Segundo as informações da RICtv, o convívio de pai e filho sempre foi marcado por brigas. Bruno se tornou o principal suspeito da morte do próprio pai.
De acordo com informações preliminares da Polícia Militar, o jovem não possuía passagem pela polícia e teria voltado a morar com os pais a pedido da mãe, para ajudar a cuidar do pai que sofria de depressão e era alcoólatra.
Em nota à equipe da RICtv, a Polícia Civil informa que está verificando o que pode ter acontecido e o que pode estar atrasando o desenrolar do inquérito.