
Informação foi confirmada pelo advogado da família da vítima. Na terça-feira (16), oficial de justiça esteve no local para cumprir mandado de reintegração de posse
O apartamento em que Ellen Homiak morava com o marido, o soldado da Polícia Militar (PM) Rodrigo Federizzi, e o filho de nove anos, no bairro Tatuquara, em Curitiba, será tomado pela Justiça. A informação foi confirmada pelo advogado da família da vítima, Reinaldo Vinicius Gonçalvez Veiga nesta quarta-feira (17).
De acordo com Veiga, um oficial de justiça esteve no local na terça-feira (16) para cumprir um mandado de reintegração de posse, no entanto, não havia ninguém no apartamento. O imóvel foi financiado pelo casal por meio da Companhia de Habitação Popular (Cohab) da Caixa Econômica Federal.
Em fevereiro de 2015, Ellen, que controlava todas as contas da casa segundo o advogado, foi chamada para uma audiência a respeito das parcelas do financiamento, que estavam atrasadas. Veiga informou que não tem conhecimento sobre o fato do soldado ter deixado uma procuração para que a mulher possa se defender e tentar recuperar o imóvel.
Nesta quarta, imagens das câmeras de segurança de uma panificadora do bairro e de uma loja de materiais de construção foram divulgadas. No primeiro vídeo, é possível ver Ellen entrando no estabelecimento com o filho logo após cometer o assassinato do marido. Já a segunda imagem, gravada no dia 29 de julho, um dia após o crime, mostra o momento em que a suspeita compra uma pá em uma loja de ferragens para, supostamente, enterrar o corpo do marido.
Segundo a defesa do soldado, o filho do casal ainda não sabe que a mãe está presa. Ele está sob os cuidados dos avós paternos que agora procuram apoio psicológico para o neto. Até o momento, a criança só foi informada sobre a morte do pai. De acordo com o advogado, tanto a família de Rodrigo quanto de Ellen cultivam uma ótima relação e devem ter contato diário com o menino.
Confissão
Ellen Homiak, que está presa desde quarta-feira (10), confessou na noite de segunda-feira (15), após três horas de depoimento, ter matado o marido e desovado o corpo na zona rural de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O cadáver foi encontrado no domingo (14).
Na tarde desta terça-feira (16), um vídeo divulgado pela polícia mostra o momento em que Ellen indica aos peritos do Instituto Médico-Legal (IML) o local onde enterrou as pernas do marido. De acordo com a polícia, os membros inferiores do policial estavam dentro de sacos plásticos enterrados na beira de um matagal a cerca de cinco quilômetros de onde foi encontrado o corpo.
Investigação continua
A Polícia Civil agora investiga outros pontos que ainda não estão bem esclarecidos no caso. Eles querem saber se houve a participação de outra pessoa no crime, se Ellen teve ajuda para esconder o corpo e qual o real motivo para a execução. A acusada afirma que o crime foi motivado por uma discussão entre o casal, porém, há indícios que comprovam que o assassinato foi premeditado.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (SESP-PR) convocou uma coletiva de imprensa para a manhã de quinta-feira (18) para falar sobre o caso.