A esposa do policial está presa. (Foto: Reprodução/RICTV Record)

Depoimento de Ellen Homiak terminou por volta das 22h30 desta segunda-feira (15). Policial estava desaparecido desde o dia 28 de julho

Ellen Homiak, esposa do soldado da Polícia Militar (PM) Rodrigo Federizzi, confessou na noite desta segunda-feira (15) que matou o marido. De acordo com o delegado-chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Fábio Amaro, o depoimento oficial de Ellen terminou por volta das 22h30. Ela está presa desde quarta-feira (10) por suspeita de envolvimento no crime. 

O policial militar estava desaparecido desde o dia 28 de julho. O corpo dele foi localizado por moradores de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), no domingo (14). O cadáver, que tinha marca de tiros na cabeça, estava em uma cova rasa na Rua Ismael da Silva Matos. 

Durante a tarde desta segunda, a polícia realizou buscas a fim de encontrar a arma do crime e os membros inferiores do soldado, que foram decepados. No entanto, ainda segundo o delegado, os detalhes do caso só serão divulgados quando o inquérito for encerrado.

Os pais de Ellen estiveram na delegacia nesta tarde para prestar depoimento. Eles não falaram com  a imprensa, porém disseram à polícia que não entendem o que aconteceu, pois o casal levava uma vida normal e sem brigas. 

Sepultamento
Rodrigo Federizzi foi enterrado na manhã desta segunda, após um cortejo da corporação e da Guarda Municipal de Curitiba. A cerimônia foi fechada a pedido da família e o filho do casal, de nove anos, não participou das homenagens.

Versão inicial
A esposa do soldado disse em depoimento à polícia na tarde de sexta-feira (12) que o marido está morto e que ela sabe quem o matou. No entanto, ela negou que tenha envolvimento no crime. Inicialmente, Ellen afirmava que o marido teria sumido após tentar investigar, por conta própria, um suposto assalto da qual a mulher teria sido vítima. De acordo com as investigações da polícia, esse assalto não aconteceu.

Atitudes suspeitas
A Polícia Civil realizou buscas na casa da família, no bairro Tatuquara, e encontrou vestígios de sangue no banheiro e no quarto do casal. Também foi encontrado sangue em uma pequena serra.

O filho do casal, de nove anos, prestou depoimento e afirmou que no dia do crime ouviu um estampido e que, logo em seguida, a mãe o teria mandado ir brincar no parquinho do condomínio onde moravam.

Outro fato que chamou a atenção da polícia foi o de que a vítima desapareceu no dia 28 e o Boletim de Ocorrência (B.O) sobre o caso só foi registrado pela esposa no dia 30.