Cascavel - O número de denúncias contra Genivaldo Oliveira dos Santos, padre suspeito de cometer abusos, chegou a 25, conforme o Ministério Público do Paraná (MPPR). O religioso está preso desde o dia 24 de agosto, após suspeitas de envolvimento dele em casos de estupros em Cascavel, no Oeste do Paraná.

Confira abaixo por quais crimes o padre foi denunciado:
- Nove crimes de estupro de vulnerável;
- Seis de importunação sexual;
- Dois de violação sexual mediante fraude (um consumado e um tentado);
- Sete de tráfico de drogas (na modalidade ministrar/induzir e vender);
- Um de entrega de substância nociva à saúde destinada a fim medicinal.
Ainda de acordo com o Ministério Público, esses delitos teriam ocorridos nas cidades de Boa Vista da Aparecida, Cascavel, Guaraniaçu e Santa Lúcia, todas localizadas no Oeste do Paraná. O religioso ainda teria cometido crimes no Rio de Janeiro (RJ).
O Ministério Público ainda determinou que padre pague uma indenização com valores entre R$ 20 mil e R$ 150 mil para cada uma das vítimas. Além disso, foi solicitada a manutenção da prisão preventiva do religioso.
Além das denúncias, padre suspeito de abusos também deve responder por tráfico de drogas
O Ministério Público também mencionou na denúncia que o padre também estaria envolvido no crime de tráfico de drogas. O religioso teria ministrado, induzido o consumo e também vendido os narcóticos.
O padre teria, inclusive, ensinado a uma mãe ministrar um narcótico para que o filho dela não ficasse viciado em outra droga.
Saiba quem é o padre preso suspeito de abusos
O padre que foi preso em Cascavel suspeito de abusar sexualmente de jovens e adolescentes foi detido durante a operação “Lobo em Pele de Cordeiro”.

Ao todo, o católico trabalhou como sacerdote há 12 anos em diversas cidades do Oeste do Paraná. Durante esse tempo, Genivaldo teria abusado de ao menos nove vítimas, todos adolescentes de famílias carentes e que participavam de projetos da Igreja.
Segundo a investigação, o padre que foi preso em Cascavel era conhecido por ter um “padrão de comportamento predatório” desde a época em que ainda estava no seminário. Em 2010, ele teria tentado violentar outro seminarista.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) também identificou irregularidades na gestão financeira na paróquia onde o religioso atuou até 2024. Além disso, também foi descoberto que Genivaldo oferecia “terapias” em um consultório próprio, ato considerado exercício ilegal de medicina.
Padre que foi preso em Cascavel teve abusos acobertados durante anos

A investigação da PCPR também apontou que o antigo arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos, acobertou os abusos sexuais cometidos pelo padre. De acordo com a delegada Thais Zanatta, Mauro teria protegido Genivaldo até sua morte, em 2021.
“Ele acabou passando pano para esses abusos cometidos por esse seminarista. Eles tinham um vínculo bem próximo e há relatos que esse arcebispo cometia assédios contra outros seminaristas, inclusive dentro da cúria”, explicou a delegada.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!