Curitiba - Uma megaoperação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) e da Polícia Militar do Paraná (PMPR) resultou em 66 prisões nesta quarta-feira (25), em Curitiba. O objetivo da ação é desmantelar uma quadrilha suspeita de dominar o tráfico de drogas na região central da capital. Durante os cumprimentos de mandados judiciais, um investigado reagiu e morreu em confronto.
A operação mobilizou cerca de 400 policiais para o cumprimento dos mandados judiciais, que incluíram 25 ordens de bloqueio de ativos financeiros e 55 de busca e apreensão. A operação contou com o apoio da Polícia Penal do Paraná (PPPR), além de helicópteros e cães de faro. Durante a ação, os agentes localizaram e apreenderam uma arma de fogo, porções de maconha, cocaína e crack, além de R$ 7.291 em espécie.
Chefe de quadrilha é presa durante operação em Curitiba
Conforme informações do Balanço Geral, da RICtv, entre os presos na operação desta quarta em Curitiba, está a companheira do ex-líder da organização criminosa. O marido passou o comando para a mulher no final do ano passado, quando foi preso na capital. Durante os cumprimentos dos mandados nesta nova fase da operação, a mulher foi detida.
O grupo investigado agia especialmente nas imediações da Praça Tiradentes, Travessa Nestor de Castro, rua Trajano Reis e áreas próximas, nas quais controlava a venda de drogas e impunha regras violentas aos envolvidos na atividade criminosa.
“Esta organização contava com uma estrutura muito bem definida. Os criminosos atuavam com divisão de tarefas, sendo que haviam aqueles que eram dedicados apenas às atividades financeiras do grupo e outros, na base da pirâmide, que faziam a venda das drogas ao consumidor final”, explica o delegado da PCPR Victor Loureiro.
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A organização utilizava códigos para designar tipos de droga, mantinha planilhas de contabilidade diária e estipulava metas de venda. Os entorpecentes eram escondidos em bueiros, canos, fissuras e até na boca dos envolvidos, dificultando a apreensão em flagrante. “Esses traficantes portavam pequenas quantidades de entorpecentes para que pudessem se passar por usuários durante abordagens policiais”, destaca o delegado.
Apesar da estratégia dos criminosos, a investigação identificou que o grupo mantinha diversos pontos de venda de drogas na região central e repassava espaços a narcotraficantes associados, com autorização de uma facção criminosa de alcance nacional. Para manter o domínio territorial, recorria à violência contra rivais e prestava apoio a membros presos durante as operações.
“O grupo está ligado a diversos crimes contra a vida ocorridos no centro da Capital, trazendo insegurança à população. Identificamos que o líder do grupo, preso hoje, tem envolvimento em ao menos nove homicídios registrados”, afirma o delegado da PCPR Rodrigo Brown.
Os pontos de venda estavam estrategicamente localizados em áreas de grande circulação de pessoas, o que facilitava a comercialização em larga escala. Esse fluxo intenso favorecia os lucros e a consolidação da rede criminosa. A estimativa é que cada ponto de venda pertencente ao grupo movimentasse em torno de R$ 20 mil por semana.
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Editor
Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.
