A Polícia Civil do Paraná, com apoio do Ministério Público, está nas ruas nesta terça-feira (6) para cumprir 49 mandados judiciais contra uma organização criminosa suspeita de agir dentro de um hospital na cidade de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. Segundo as investigações, o grupo realizava a venda de cirurgias bariátricas, que deveriam ser feitas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Com o pagamento de até R$ 3 mil, pacientes que estavam esperando pela cirurgia tinham o processo agilizado. A suspeita é que a organização criminosa tenha lucrado mais de R$ 10 milhões.
No Paraná os mandados judiciais são cumpridos em Campina Grande do Sul, Curitiba, Colombo, Pinhais e Quatro Barras. Além disso, policiais estão nas ruas em Santa Catarina e São Paulo. Dos 49 mandados, 14 são de prisão temporária e 35 de busca e apreensão.
Operação em hospital
Os policiais estão nas ruas desde às 6h desta terça-feira (6). De acordo com a investigação, o grupo criminoso fazia contato com pacientes por meio das redes sociais ou indicação e oferecia o adiantamento das cirurgias mediante o pagamento de uma taxa. Com isso, os procedimentos eram pagos duas vezes e a suspeita é que o grupo tenha movimentado mais de R$ 10 milhões.
Entre os alvos da investigação estão um funcionário público lotado na 2ª Regional de Saúde do Paraná e um vereador do interior de São Paulo. A organização é investigada por extorsão, falsidade ideológica e uso de documento falso.
O hospital localizado na Grande Curitiba é referência em cirurgias bariátricas, cardíacas e transplantes.
Posicionamento Secretaria de Saúde
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) lamentou as irregularidades reveladas pela investigação e se colocou a disposição para ajudar no esclarecimento dos fatos. Confira a nota:
A Secretaria de Estado da Saúde lamenta que práticas irregulares e distorcidas no atendimento do sistema público de saúde ainda aconteçam. A operação deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (6) vai auxiliar no esclarecimento dos fatos.
A Sesa abriu procedimento interno para apurar possíveis ilegalidades e atuado em conjunto com os órgãos de controle e que comprovada qualquer irregularidade, que os envolvidos sejam responsabilizados.