Em parceria com a Polícia Civil, o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), realizou uma operação nesta terça-feira (14), contra a ONG Pacto Social Carcerário de São Paulo, acusada de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

As investigações apontam que a ONG era utilizada pelo PCC para promover ações judiciais ilegítimas, orquestrar manifestações populares, simulando episódios de violência prisional e desestabilizar o sistema de justiça criminal.
A operação leva o nome de “Scream Fake”, fazendo referência ao documentário Grito, lançado em 2024 na plataforma de streaming Netflix. A produção retrata a realidade no cenário do sistema prisional brasileiro e mostra a ONG. Ao todo foram presos três advogados com ligação ao PCC, junto com os vice-presidentes da ONG, Luciene Neves Ferreira e Geraldo Sales.
As investigações começaram em 2021, quando uma visitante tentou entrar com cartões de memória escondidos na roupa na Penitenciária I de Presidente Venceslau. Os cartões continham dados e arquivos do setor de saúde da facção criminosa e diversos materiais ligados à ONG.
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Plano de saúde do PCC
A polícia descobriu que a facção associava médicos e dentistas para o tratamento de saúde aos membros com funções importantes dentro do PCC. Os serviços não eram apenas médicos, mas também estéticos e muitos laudos eram falsos.
Depois da quebra de sigilo, a polícia descobriu que os custeios da ONG não vinham de verba pública ou privada, mas sim da facção.
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