Agentes da Denarc cumpriram 22 mandados judiciais em Curitiba e Região Metropolitana. Quadrilha agia principalmente em postos de gasolina
Policiais da Denarc (Divisão Estadual de Narcóticos) da Polícia Civil do Paraná cumpriram, nesta quarta-feira (24), 23 mandados judiciais em Curitiba e municípios da Região Metropolitana. De acordo com a Polícia Civil, 10 pessoas foram presas e uma está foragida. Todas são suspeitas de integrar uma quadrilha que fornece cocaína para motoristas de ônibus e caminhões que circulam pelas estradas do país. Foram cumpridos ainda 12 mandados de busca e apreensão.
A operação – batizada de “Têmis” – começou às 6h desta quarta. Além de sete armas, foram apreendidos cerca de dois quilos de cocaína, 100 munições, cinco balanças de precisão e R$ 100 mil. Oito veículos que, conforme a polícia, eram utilizados pelos criminosos para distribuição de droga também foram apreendidos.
Segundo a polícia, a organização criminosa montou uma espécie de disk drogas, atendendo os caminhoneiros em postos de gasolina e até mesmo nos acostamentos das rodovias.
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O esquema funcionava da seguinte maneira: os caminhoneiros ligavam para os traficantes, pediam a cocaína e informavam onde estavam parados – normalmente em postos e na beira da estrada. Os criminosos se deslocavam até o local indicado pelos motoristas e rapidamente faziam a transação.
Liderança
O homem apontado como líder da quadrilha comandava as ações de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), conforme a polícia. Uma universitária, namorada dele, que tem 20 anos e está grávida, é a responsável por executar as ordens do tráfico nas ruas. Parte do dinheiro arrecadado com a venda de droga é usada para custear as obras de construção da casa do casal em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
O homem apontado como braço direito do líder do esquema encontrou, recentemente, outra forma de vender cocaína. De acordo com a polícia, ele abriu uma casa de prostituição em São José dos Pinhais, também na RMC, que foi alvo de busca pelos policiais da Denarc. Além de tráfico de drogas e organização criminosa, ele também responderá pelo crime de lavagem de dinheiro e favorecimento à prostituição.
A investigação da Denarc, que durou cinco meses, aponta que a quadrilha chegava a vender de 70 a 100 buchas de cocaína por dia para os caminhoneiros – arrecadando até R$ 10 mil por dia. As pessoas presas responderão pelos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico.
