Brasil - Um laudo toxicológico divulgado nesta quarta-feira (30) confirmou que o ovo de Páscoa consumido por uma família em Imperatriz, no Maranhão, estava envenenado com “chumbinho”, substância altamente tóxica utilizada de forma ilegal como raticida no Brasil. O doce havia sido entregue como um “presente” .

O caso resultou na morte de duas crianças, irmãos de 13 e 7 anos, com intervalo de cinco dias entre os óbitos. A mãe das vítimas, que também ingeriu o doce, chegou a ser hospitalizada, mas sobreviveu. A informação sobre o resultado do laudo foi divulgada pelo portal Metrópoles.
A Polícia Civil concluiu que o material ingerido foi propositalmente contaminado. A principal suspeita do envenenamento é Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, que está presa desde o dia 17 de abril. Investigações apontam que ela teria motivação passional: Jordélia seria ex-companheira do atual parceiro da mãe das crianças.
Relembre o caso do ovo de Páscoa envenenado
De acordo com as autoridades, o chocolate foi enviado à residência da família no dia 16 de abril por meio de um motoboy. A embalagem incluía um bilhete com dedicatória à mãe, desejando feliz Páscoa. Horas após a ingestão do presente, os três apresentaram sintomas graves de intoxicação.

O menino mais novo, de 7 anos, não resistiu e faleceu ainda na noite da internação. Sua irmã, de 13, morreu cinco dias depois, também por complicações decorrentes da substância ingerida. A mãe das crianças recebeu atendimento médico emergencial e sobreviveu.
Durante as diligências, a polícia descobriu que a suspeita teria comprado o chocolate usando um disfarce – peruca e óculos escuros – para não ser reconhecida em uma loja da cidade.
O inquérito está em fase de finalização, e Jordélia deve ser formalmente acusada por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio por envenenamento.
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