Cascavel - A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu o Inquérito Policial que investiga um acidente de trânsito em Cascavel, no Oeste do Paraná, que terminou em morte. O proprietário do carro envolvido seria de Genivaldo Oliveira dos Santos, padre suspeito de abusos contra adolescentes e jovens na mesma região. O líder religioso não estava presente no momento do acidente. O condutor do veículo prestou depoimento.

Conforme informações apuradas pela Ric RECORD Oeste, o acidente aconteceu em 12 de outubro de 2019, na Rua Panamá, próximo à Rua Florêncio Galafassi, no bairro Periolo, em Cascavel. Luis Edimar, de 30 anos, sofreu traumatismo cranioencefálico grave após ser atingido pelo carro. Equipes do Siate foram acionadas, mas apenas constataram a morte.
Em nota, a PCPR afirma que o condutor do veículo confirmou estar dirigindo no momento do acidente. Além disso, “também foi ouvido o proprietário do automóvel, sacerdote da região, que declarou ter emprestado o carro ao investigado”.
“Com base nos elementos colhidos, o inquérito foi relatado em 09 de setembro de 2025, com o consequente indiciamento do condutor pelo crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, previsto no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro”, diz o comunicado.
O procedimento foi encaminhado ao Poder Judiciário e está à disposição do Ministério Público para as providências legais cabíveis.
Saiba quem é o padre preso suspeito de abusos
Além do acidente, o padre também é investigado por crimes de estupro. Genivaldo Oliveira dos Santos é suspeito de abusar sexualmente de jovens e adolescentes. Ele foi detido durante a operação “Lobo em Pele de Cordeiro” no dia 24 de agosto, em Cascavel.

Ao todo, o católico trabalhou como sacerdote há 12 anos em diversas cidades do Oeste do Paraná. Conforme a Polícia Civil, durante esse tempo, Genivaldo teria abusado de ao menos nove vítimas, todas adolescentes de famílias carentes e que participavam de projetos da Igreja.
Segundo a investigação, o padre que foi preso em Cascavel era conhecido por ter um “padrão de comportamento predatório” desde a época em que ainda estava no seminário. Em 2010, ele teria tentado violentar outro seminarista.
A PCPR também identificou irregularidades na gestão financeira na paróquia onde o religioso atuou até 2024. Além disso, também foi descoberto que Genivaldo oferecia “terapias” em um consultório próprio, ato considerado exercício ilegal de medicina.
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