Silvio Ferreira das Neves, pai da adolescente que morreu após comer um bolo envenenado, revelou na tarde de terça-feira (3), que a menina que confessou o crime era amiga e teria dormido com a filha de sábado (31) para domingo (1), véspera do falecimento de Ana Luiza. Ele também afirma que a mesma teria acompanhado o caso sem expressar nenhuma reação.

Ana Luiza.
Ana Luiza faleceu em menos de 24 horas do envenenamento (Foto: reprodução/ redes sociais)

A adolescente de 17 anos faleceu devido a uma intoxicação alimentar no domingo (1º), em Itapecerica da Serra, no interior de São Paulo. Ela chegou sem vida ao pronto-socorro após aproximadamente 20 minutos de parada cardiorrespiratória. Os médicos tentaram reanimá-la, mas a Ana Luiza teve o óbito confirmado por volta das 16h.

A vítima teria comido um bolo de pote enviado anonimamente para sua casa, no final da tarde de sábado (31). O doce estaria envenenado com arsênico e chegou em uma embalagem na qual havia um bilhete com o dizer: “Um mimo para a garota mais linda que já vi”.

Segundo o ‘Metrópoles’, a suspeita e supostamente amiga da vítima, afirmou à polícia que envenenou o doce “por ciúmes” e que afirmou querer apenas “dar um susto” em Ana Luiza.

“Não demonstrou nenhuma reação“, diz pai de Ana Luiza

Com o velório da filha realizado na última terça, Silvio Ferreira revelou que a jovem que confessou o crime era amiga de Ana Luiza e que a mesma dormiu na casa da família na véspera da morte da filha. Comovido, ele lamentou sobre a perda da filha, que havia comemorado 17 anos na semana anterior ao crime.

“Essa menina foi dormir lá em casa, acompanhou o caso todo. Viu [Ana Luiza] passando mal, viu a hora que a levei no hospital e, no outro dia, também viu minha menina caindo no banheiro e não demonstrou nenhuma reação… Depois da minha filha estando morta, ela ainda me cumprimentou e abraçou”, afirmou Silvio Ferreira.

Dia do envenenamento

Aproximadamente uma hora após a ingestão do bolo, Ana Luiza começou a passar mal. Então decidiu mandar uma mensagem em um grupo sobre o “presente”. Um amigo questionou o fato de Ana ter comido o bolo sem saber quem havia mandado.

Colagem com rosto de jovem e carta enviada pela "admiradora secreta".
O caso do “bolo de pote envenenado” aconteceu em SP. (Foto: reprodução/ redes sociais)

Com uma piora, o pai da vítima levou-a para um hospital particular. No local, ela foi atendida pela equipe médica e diagnosticada com um quadro de intoxicação alimentar. Após ser medicada, ela apresentou uma melhora e foi liberada.

Porém, no dia seguinte, Ana Luiza teve uma piora e foi encaminhada ao pronto-socorro, aproximadamente às 16h. A adolescente chegou à unidade morta, em menos de 24 horas após comer o bolo.

Não é o primeiro envenenamento da jovem suspeita pelo crime

Não é a primeira vez que a adolescente de 17 anos, suspeita do envenenamento, está envolvida neste tipo de ocorrência. Em 15 de maio, a mesma enviou um bolo e bilhete para outra adolescente que passou mal, chegou a ficar internada, mas sobreviveu.

Dois dias após a morte da adolescente, Ana Luiza, a menina suspeita confessou sobre o envenenamento da vítima. A jovem foi encaminhada para a Fundação Casa por volta das 17h de terça-feira, após a Justiça conceder o pedido de apreensão provisória feito pela polícia.

*Com supervisão de Guilherme Becker

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Alana de Abreu

Estagiária de jornalismo

Aspirante a jornalista, Alana se dedica ao jornalismo investigativo, além de se especializar nas editorias de Cultura, como agenda de shows e listas 'de que fazer' na cidade, e de Entretenimento. Atualmente no quinto período de Jornalismo na Universidade Positivo, iniciou sua trajetória há 2 anos, começando como produtora de audiovisual.

Aspirante a jornalista, Alana se dedica ao jornalismo investigativo, além de se especializar nas editorias de Cultura, como agenda de shows e listas 'de que fazer' na cidade, e de Entretenimento. Atualmente no quinto período de Jornalismo na Universidade Positivo, iniciou sua trajetória há 2 anos, começando como produtora de audiovisual.