Homem disse que “chacoalhou” a criança com força por que ela era manhosa

O pai de Maria Clara Moises Cavalcanti, de quatro anos, encontrada morta no início do mês em um terreno baldio em Rolândia, no norte do Paraná, confessou à Polícia Civil que agrediu a menina. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba já havia apontado, na sexta-feira (29), que a garota foi morta por asfixia.

Edson Aparecido Bergamaski, de 30 anos, prestou depoimento no último sábado (30) e admitiu que “chacoalhou” a criança porque ela estava chorando. “Ela era muito manhosa. Eu quis corrigir. Mas ela não morreu na hora. Depois que começou a ter dores e sentir falta de ar”, disse o pai. “Se eu errei, eu quero pagar pelo que eu fiz”, completou.

Bergamaski ainda contou que ficou com medo das consequências e abandonou o corpo da filha no matagal. “Eu fiz aquilo que vocês sabem. Deixei ela lá, não enterrei, nada”, disse.

A mãe da criança, Thaís Dayane Cavalcante, de 23 anos, mantém a versão de que o casal medicou Maria Clara durante uma crise de falta de ar. Os pais da menina continuam presos na Delegacia de Rolândia e, por motivos de segurança, estão separados dos outros detentos.