Um pai é suspeito de ter obrigado a filha e a enteada, ambas adolescente à época, a gravarem vídeos íntimos entre si e com terceiros para que ele vendesse o conteúdo pornográfico. Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), duas mulheres, entre elas a ex-namorada do homem, foram presas por participarem do esquema criminoso nesta quinta-feira (21). Já o outro investigado segue foragido.

O caso foi descoberto pela mãe das duas adolescentes, que na época dos crimes tinham 13 e 16 anos. As vítimas contaram à mulher que eram obrigadas pelo suspeito a gravarem os conteúdos pornográficos, sob ameaça de terem a identidade revelada.
O pai de uma das adolescentes criou um sistema de “meta diária” de produção de conteúdo pornográfico. Em uma ocasião, como as adolescentes não conseguiram “cumprir” o “acordo”, o homem compartilhou um desses vídeos íntimos nas redes sociais.
Além disso, o suspeito ainda ameaçava a filha e a enteada adolescentes ao se dizer “membro de uma seita”.
A Polícia Civil ainda apreendeu celulares e encaminhou os dispositivos eletrônicas para perícia da Polícia Científica. As investigações continuam não apenas no objetivo de encontrar o suspeito foragido, mas verificar se existem outras pessoas envolvidas nos crimes, bem como outras vítimas.
Pai teria sequestrado filha e enteada adolescentes antes de gravar primeiro vídeo íntimo

Segundo o delegado da Polícia Civil em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, Gabriel Fontana, os crimes contra as duas adolescente começaram em outubro de 2024.
Na ocasião, o pai de uma das vítimas convidou ela e a enteada para passearam com ele em um parque de Curitiba. O homem então levou as duas adolescente à casa dele, mas vendou ambas as jovens, para que elas não pudessem reconhecer o local posteriormente.
Quando chegaram na casa do suspeito, as adolescentes foram obrigadas a gravar o vídeo íntimo, sob ameaça do homem e da então namorada dele.
“Na residência, junto da companheira à época, obrigou as meninas a gravarem um vídeo de sexo explícito entre si. Com esse vídeo, ele começou a ameaçar as vítimas, para que elas continuassem a gravar esse tipo de conteúdo, não apenas entre si, mas envolvendo terceiros. E contava com o auxílio da companheira e uma terceira mulher”, pontuou Fontana.
Os três investigados pela Polícia Civil devem responder pelos crimes de coação, divulgação e armazenamento de pornografia infantojuvenil, além de associação criminosa e ameaça.
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