Uma auxiliar de enfermagem foi agredida dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Fazendinha, em Curitiba, na tarde da última terça-feira (24). Ela foi atacada porque não aplicou uma injeção de antibiótico no filho de um casal. (Assista à reportagem abaixo)

Auxiliar de enfermagem foi agredida após explicar que UPA’s não aplicam injeções

Segundo a própria Ana Cláudia Fantin, quando ela explicou que apenas Unidade Básica de Saúde (UBS) e hospitais têm autorização para fazer esse tipo procedimento, os pais ficaram revoltados e se descontrolaram. 

“É uma norma que vem de cima, não sou eu que implanto ou qualquer outro funcionário. Aí, ele já estressado disse: ‘poxa, mas vocês funcionários públicos são todos vagabundos. O dia inteiro com o rabo sentado na cadeira’”, contou a auxiliar de enfermagem. 

Após sofrer as agressões verbais, ela buscou ajuda no posto da Guarda Municipal que fica ao lado, mas mesmo assim, acabou ferida pela mãe da criança

“Eu saí da sala que eu estava, que é fechada, e fui até a Guarda Municipal, quando a gente deu de encontro a ele, ele tentou me agredir , o guarda municipal segurou, levou ele pra fora, tentou levar pra fora e de repente apareceu a esposa, que eu nem tinha visto, a esposa gritando que o filho tava com pneumonia e tal e ele continuava me xingando. Ela veio com mão fechada, pegou praticamente toda a minha face, principalmente na região nasal, ferindo meu nariz, quando eu vi, eu tava toda ensanguentada”, finalizou.   

Situação recorrente

Ana Cláudia, que trabalha há dez anos na área, pontuou que situações de enfrentamento e ameaça contra funcionários da saúde é comum. “Agressão é todos os dias, falta medicação a culpa é nossa, falta médico, aí, você não sabe, você tem que resolver. Então, tudo é em cima da enfermagem porque é a linha de frente”, pontuou. 

“Hoje é uma agressão física, simplesmente meu nariz, amanhã eu posso levar uma facada, amanhã eu posso levar um tiro. A gente não sabe com quem tá lidando. Eu saio da minha casa, deixo meus filhos, minha família, pra não saber se a gente volta. A sensação é de medo”. 

A auxiliar de enfermagem registrou boletim de ocorrência contra o casal, que deverá responder pelo crime. 

Veja a reportagem:

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