Brasil - Um evento “vendido” como o maior “aulão” de inteligência artificial (IA) do mundo começou mal nesta quarta-feira (19), em Belo Horizonte. Dezenas de estudantes promoveram uma pancadaria generalizada nas arquibancadas do estádio Mineirão. O conflito aparentemente foi causado pela rivalidade entre torcidas dos principais times de futebol de Minas Gerais.

Vídeos na internet mostram vários alunos se agredindo e arremessando garrafas de água e outros objetos uns nos outros em meio a muita gritaria e corre-corre. Quem assistia incentivava ainda mais o conflito com gritos de “briga, briga”.
A aula de IA reuniu cerca de 30 mil alunos e professores da rede estadual, e contou com a presença do governador Romeu Zema (Novo) e do vice-governador Mateus Simões (PSD). A ação promovida pela Secretaria de Educação de Minas Gerais em parceria com o Google Gemini tinha a expectativa de entrar para o Guinness Book com o recorde de maior aulão do tipo até hoje.
De acordo com informações do jornal O Tempo, a confusão teria começado quando os mestres de cerimônia do “aulão” perguntaram aos estudantes quem era torcedor do Atlético e do Cruzeiro para ver quem estava em maior número. A brincadeira não teria sido bem recebida e a rivalidade explodiu em violência.
Quem não estava para briga, se assustou e tentou se proteger da multidão fugindo das arquibancadas. Segundo o jornal O Estado de Minas, a confusão se estendeu para o lado de fora do Mineirão, com vários estudantes agredidos e feridos.
Pancadaria entre estudantes foi ação premeditada
A briga atrasou o início do aulão em uma hora e meia. A Secretaria de Educação instaurou um processo de investigação para identificar os responsáveis e acredita que a ação pode ter sido premeditada. Havia estudantes de 11 escolas estaduais da Grande Belo Horizonte no local.
Momentos antes da confusão, o governador Romeu Zema comentou sobre a felicidade de promover o evento. “Esta será a maior aula de IA do mundo, o que reforça o compromisso da Secretaria de Educação com o ensino digital”, disse.
Zema comentou, ainda, que esperava que os alunos das escolas estaduais mineiras fossem “referência no Brasil”.
Quando os estudantes começaram a se agredir, tanto Zema quanto o vice Simões já haviam deixado o palanque.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui.