De acordo com o delegado de Homicídios de Cascavel, Pedro Fernandes de Oliveira, há indícios de que a menina Rafaela, morta aos 5 anos, foi abusada sexualmente pelo padrasto, Gilmar de Lima.
Apesar da opinião do delegado, não será possível comprovar o abuso através de exames, pois o corpo foi encontrado cerca de 30 dias após o assassinato, impossibilitando o testes de identificação de causa.
Portanto, essa é uma análise opinativa de Pedro Fernandes que embasou a hipótese devido às circunstâncias do crime, como por exemplo, a afirmação da mãe, que disse que o padrasto não dava banho na menina, e quando a mãe chegou em casa naquele dia, a menina já havia tomado banho. Gilmar, o padrasto, nega as acusações de abuso sexual.
Acredita-se que a menina apanhava há pelo menos um ano. Ela foi agredida e asfixiada, segundo o laudo da causa da morte da criança, até o falecimento no dia oito de março. Após a violência, Rafaela foi jogada em um fosso, onde ficou até ser encontrada pela Polícia Civil com o apoio do Corpo de Bombeiros.
O delegado afirmou que a família tinha um convívio conturbado e que a mãe de Rafaela, Vani de Fátima Trates, que está grávida de oito meses, também era agredida pelo cônjuge. Em entrevista à imprensa, a mãe justificou a participação dizendo que Gilmar tirou uma filha, mas estava dando outro filho para ela.
Quanto à escola, o delegado assegurou que não há o porquê da instituição responder criminalmente, apenas administrativamente. No entanto, entre as perguntas, Pedro disse que se a escola tivesse avisado sobre as faltas excessivas de Rafaela, poderia ter ajudado na prevenção do caso.
O casal foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Se condenados, Gilmar e Vani podem cumprir pena de até 30 anos de prisão.
Na cadeia
Pedro Fernandes afirmou que o padrasto foi recebido na cadeia com violência. Ele informou que esta é a cultura dos detentos. Gilmar foi transferido para PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) e, segundo o delegado, a transferência foi justamente para manter a integridade física do detento, que está em cela separada. O delegado garantiu que Vani, em nenhum momento sofreu agressão.