Paranaense compra celular pela internet e descobre furto em agência dos Correios

Publicado em 19 maio 2022, às 13h21.

Um morador de Paranaguá, no Litoral do Paraná, teve um prejuízo de R$ 4.700,00 após ter uma encomendada furtada dentro de uma agência dos Correios, na capital paranaense. Diego Adriano Ramos, de 34 anos, comprou um smartphone gamer e um fone de ouvido bluetooth pela internet no dia 7 de março. Porém, dias depois, além de não receber o aparelho, descobriu que o objeto estava sendo revendido em um site de vendas em Curitiba.

Conforme o relato de Diego, a encomenda foi enviada da China para o Brasil logo após a compra, passou na alfândega e chegou ao Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE) localizado na Rua João Negrão, em Curitiba. No rastreio dos Correios, estava descrito que no dia 8 de abril o aparelho tinha sido encaminhado para Fazenda Rio Grande, endereço escolhido por Diego para entrega. Durante quase um mês, o status aparecia como entrega em andamento. Somente no dia 6 de maio, o status do pedido informou que o objeto estava “fora do fluxo postal”.

No final de abril, no entanto, Diego estava acessando um site de compra e venda da capital paranaense e encontrou um aparelho igual ao que tinha pedido da China. Então, o homem solicitou à plataforma da China onde realizou a compra que passasse o número de Identificação Internacional de Equipamento Móvel (IMEI) para verificar se se tratava do mesmo aparelho.

“Encontrei um aparelho igual ao que eu comprei, por ser um aparelho muito específico, por ser smartphone gamer e ser lançamento na China e ainda terem vendido poucas unidades no Brasil, fiquei na dúvida e pedi o número do IMEI do celular para o vendedor”, explicou Diego.

Revendedor comercializou o aparelho por um preço mais baixo que o Diego havia pagado (Foto: Arquivo Pessoal)

Para surpresa de Diego, ele conseguiu confirmar que o celular que comprou foi furtado dentro dos Correios e estava sendo revendido. O consumidor ainda trocou mensagens com o revendedor, mas o suspeito conseguiu vender o objeto na sequência. Diego fez um boletim de ocorrência na Polícia Civil, mas não conseguiu reaver o celular. Ele contou que foi orientado apenas a pedir reembolso para o vendedor da China, o que ainda não foi concluído. “Eu não recebi reembolso da [empresa que vendeu o aparelho], tive que entrar com uma ação judicial contra os Correios, junto com a minha advogada, pedindo danos materiais e danos morais”, relatou.

“É complicado, né, você comprar uma coisa que você almeja, espera tanto tempo tentando juntar um dinheirinho, você trabalhando honestamente, fazendo toda a sua parte, o seu trabalho, fica angustiado esperando uma encomenda que demora um certo tempo para chegar no Brasil, e quando tá no ‘finalmente’, na hora de ser encaminhado, coisa de um dia, dois dias, ele sumir, o seu objeto sumir dentro dos Correios e você ficar a ver navios”,

lamentou Diego.

Em nota, os Correios afirmaram que foi aberto um processo investigativo para apurar como a mercadoria foi extraviada durante a entrega. “A empresa trabalha em parceria com os órgãos de segurança pública para elucidação de práticas criminosas no serviço postal e adota as providências administrativas e criminais em caso de envolvimento de empregados ou prestadores de serviços”, informou.

Veja a nota dos Correios na íntegra:

“Após constatado a não localização do objeto no fluxo postal, a manifestação foi redirecionada à área de segurança corporativa dos Correios para apuração. O cliente poderá ser consultado para prestar mais informações a fim de contribuir para a conclusão do processo investigativo.

A empresa trabalha em parceria com os órgãos de segurança pública para elucidação de práticas criminosas no serviço postal e adota as providências administrativas e criminais em caso de envolvimento de empregados ou prestadores de serviços.

Vale lembrar que o comprador que contratou os serviços dos Correios tem direito ao ressarcimento das tarifas postais pagas, que varia conforme o serviço contratado. 

Em situações de extravio, a estatal ressalta que, caso exista uma relação comercial entre o remetente e o destinatário, as regras de ressarcimento e reembolso para encomendas são de responsabilidade do site em que foi realizada a compra on-line. No ato da compra, o consumidor deve observar quais são os termos que o site oferece para essas situações.

Situações específicas, quando reportadas à empresa por meio dos canais oficiais de relacionamento, são prontamente averiguadas e solucionadas. Os Correios lamentam o ocorrido e seguem à disposição da comunidade pelos canais de atendimento, nos telefones 3003-0100 e 0800-725-0100 ou pelo site, em https://faleconosco.correios.com.br/faleconosco/app/index.php.

Em contato com a Polícia Civil, o RIC Mais foi informado que, neste tipo de situação, o trabalho da polícia é feito na tentativa de recuperar os objetos e que o caso está sendo investigado.

Confira a nota da Polícia Civil:

A PCPR está investigando o caso e realizando diligências para esclarecer o fato. Mais detalhes não serão repassados para não atrapalhar o andamento da investigação. Em casos como esse, a PCPR procura recuperar os objetos que são achados através de sites de compra e venda.

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