Morando em Israel com a família há quatro anos, o curitibano Dan Reicher convive diariamente com o medo desde o ataque do Hamas, em outubro de 2023. Para ele, a escalada do conflito com o Irã amplia ainda mais a insegurança para todos — judeus, cristãos e muçulmanos — que tentam viver em paz em território israelense.

Dan mora no país com a esposa e os dois filhos. O paranaense contou que trabalha no mercado de High-Tech, conhecido por muitos como uma fortaleza muito grande em Israel. O brasileiro disse que o país vive em Guerra desde outubro de 2023 e que contam todos os dias desde então.
“Estamos há 616 dias em Guerra. Contamos todos dias desde o ataque de 7 de outubro daquele ano, onde mais de 1.200 pessoas foram brutalmente assassinadas e violentadas, incluindo mulheres e crianças. O que aconteceu hoje foi um novo capítulo”, contou.
Além disso, Dan falou que a população é forçada a se ajustar nessas situações e que foram orientados a ficar próximos de abrigos para que caso a sirene toque, os moradores consigam se abrigar nesses locais. Ele falou também que não é nada confortável olhar pela janela e ver os mísseis.
“Quando o Irã lançou mais de 400 mísseis balísticos há alguns meses, tivemos que ficar em abrigos. Nós chegamos a ver da janela os mísseis chegando em Israel e não é nada confortável. Tivemos que ficar por horas com as crianças dentro de abrigos”, relatou.
Estado de emergência em Israel
O governo de Israel afirmou ter realizado um “ataque preventivo” contra o Irã na madrugada desta sexta-feira (13), no horário local. A operação foi divulgada pelo ministro da Defesa, Israel Katz, que também declarou estado de emergência em todo o país.

De acordo com Reicher, a família acordou assustada ao saber que o país estava em guerra e que as aulas dos filhos foram canceladas.
“Nós acordamos assustados e corremos para arrumar o espaço seguro aqui no prédio, levando água, comida, material de higiene e até o passaporte para casos de emergência”.
O paranaense afirmou também que é preciso manter a calma nesses momentos e que tem esperança de que nada aconteça. Do mesmo modo que fica preocupado com os filhos e as crianças.
“Com tudo isso quem mais sofre são as crianças. Como é que explicamos o que está acontecendo e o porquê? Mas temos que seguir em frente e a melhor forma de resistir é seguir a vida o mais perto do normal durante os intervalos das partes mais agudas da guerra.
O brasileiro concluiu dizendo que espera que possamos viver em um mundo onde todos consigam viver em harmonia e, lembrou que muitos mulçumanos convivem em harmonia dentro do território israelense.
“Gostaria muito de poder viver um mundo onde judeus, muçulmanos e cristãos possam viver em paz e harmonia aqui no Oriente Médio e com segurança para todos e prosperidade para todos, espero muito que a gente possa ver isso ainda em breve”, concluiu.
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