Após dois meses dos deslizamentos na BR-376, entre o Paraná e Santa Catarina, familiares das vítimas desta tragédia, que aconteceu em novembro de 2022, seguem carregando o peso das perdas.
Marina Iavorski é irmã de Márcio Rogério de Souza, um dos caminhoneiros que morreu vítima da queda de barreiras. Os dois trabalhavam juntos na empresa de transporte. Marina é proprietária do caminhão dirigido por Márcio no dia do deslizamento de terra e contou que a família não recebeu amparo depois da morte do irmão.
“Perdi meu irmão que é o mais importante e o caminhão, que era nossa fonte de renda. O veículo era financiado, mas temos seguro. O problema é que estou correndo atrás de tudo sozinha e as contas estão vindo. A empresa já foi protestada”, revelou.

A irmã do caminhoneiro relatou também que o filho de Márcio, que vive com a mãe, ganhava a pensão da vítima e era totalmente dependente da família, que corre atrás do prejuízo. “Estamos devastados”, desabafou.
Além de Márcio Rogério, o caminhoneiro João Maria Pires também morreu no local dos deslizamentos. A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as causas desta tragédia.
Em nota, a concessionária Arteris Litoral Sul informou que não mediu esforços para apoiar os trabalhos de buscas realizados pelo Corpo de Bombeiros, durante as operações de resgate das vítimas. Veja na íntegra:
“A Arteris Litoral Sul se solidariza com as vítimas que foram atingidas pelo deslizamento da BR-376, no dia 28 de novembro. Ainda durante a ocorrência, a concessionária, a fim de tranquilizar famílias e amigos que aguardavam notícias, não mediu esforços para apoiar os trabalhos de buscas realizados pelo Corpo de Bombeiros e manter contato com as famílias das vítimas”
O RIC Mais entrou em contato com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que é responsável pela fiscalização da rodovia e ainda não teve retorno.