A arma utilizada foi um revólver calibre 320. (Foto: Reprodução/RICTV)

A identidade do atirador ainda não foi esclarecida e, por isso, as investigações continuam

O laudo do ataque à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua visita ao Paraná, em 27 de março deste ano, foi apresentado pela Polícia Civil que investigou o caso na tarde desta quinta-feira (5), às 17:30, durante uma coletiva de imprensa em Curitiba, capital do estado. 

O resultado da perícia realizada pelo Instituto de Criminalística do Paraná apontou que os três ônibus foram alvos de vandalismo, mas apenas um teria sofrido um disparo de arma de fogo. Um dos veículos teve um tiro que entrou no ônibus e parou em uma barra de ferro, por pouco não chegou em um dos passageiros. Outro tiro ricocheteou na janela do ônibus e não chegou a perfurar o vidro.

Ainda de acordo com o laudo, a arma utilizado teria sido um revólver calibre 320, um tipo de arma que não é mais comercializada. E o atirador estaria a cerca de 15 metros de distância quando atirou contra o ônibus.

A identidade do atirador continua desconhecida e, por isso, as investigações continuam.

O ataque

O ex-presidente e sua caravana visitavam cidades do Paraná quando dois dos três ônibus teriam sido atingidos por tiros entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no oeste do estado.

A informação foi compartilhada por dirigentes do Partido dos Trabalhadores e parlamentares petistas. Na ocasião, a senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse em suas redes sociais que a caravana “foi vítima de uma emboscada”, o que deixou as pessoas “muito assustadas”.

Ainda segundo Gleisi, miguelitos (uma espécie de cruz formada por pregos entrelaçados) teriam sido usados para furar os pneus dos veículos. “Um dos ônibus, que estava transportando a imprensa, teve dois pneus furados para diminuir a velocidade e levou dois tiros”, disse.

Lula não estava na caravana, mas sim seguia de helicóptero para o destino.

Um dos ônibus teve o pneu perfurado. (Foto: Reprodução/RICTV)

Investigações

A Polícia Civil do Paraná iniciou as investigações ainda no dia da ocorrência enquanto a Polícia Militar passou a reforçar o policiamento em todos os locais onde seriam realizadas as manifestações com a presença do ex-presidente.

A unidade de elite da Polícia Civil do Paraná ficou responsável pela apuração dos acontecimentos. Equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) foram deslocadas para as cidades para auxiliar no caso.

Lula no Paraná

A passagem de Lula no Paraná foi conturbada a tal ponto que ele precisou deixar os ônibus e seguir a viagem de avião até as cidades com eventos marcados. Em Foz do Iguaçu, no oeste, manifestantes protestaram com faixas e cartazes. Em São Miguel do Iguaçu, também no oeste, a BR-277 foi fechada com máquinas agrícolas e ovos foram jogados contra os veículos. Em Marmeleiro, no sudoeste, foram queimados pneus no meio da rua para bloquear a rodovia. Em Francisco Beltrão, ainda no sudoeste, a Polícia Militar precisou separar manifestantes prós e contra o político para evitar conflitos. Ainda um segurança do ex-presidente teria agredido um repórter no acesso ao aeroporto de Francisco Beltrão, onde o ex-presidente havia acabado de embarcar rumo a Foz do Iguaçu

Bloquei da rovodia em São Miguel do Iguaçu. (Foto: Reprodução/RICTV) 

Ônibus atingido por ovos. (Foto: Reprodução/RICTV) 

Polícia Militar separando manifestantes em Francisco Beltrão. (Foto: Reprodução/RICTV) 

Bombeiros precisaram apagar os pneus incendiados em Marmeleiro. (Foto: Reprodução/RICTV) 

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