PF deflagra operação contra corrupção na FGV envolvendo família Simonsen

Publicado em 17 nov 2022, às 10h04. Atualizado às 12h19.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (17), uma operação chamada Sofisma, onde está sendo investigado um possível esquema de corrupção na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

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Entre os investigados estão alguns integrantes da família Simonsen, os próprios fundadores da FVG. Os suspeitos estariam fraudando licitações, além de promover evasão de divisas e lavagem de dinheiro na Fundação.

Operação Sofisma

Cerca de 100 policiais federais cumprem 29 mandados de busca e apreensão que foram expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro.

De acordo com a corporação, 26 destes mandados vão ser cumpridos na capital fluminense e três em São Paulo. Além disso, foram emitidas ordens de sequestro de bens e cautelares restritivas.

Investigação

Ainda conforme a pela Polícia Federal, a investigação teve início em 2019, após informações de que A instituição era utilizada por órgãos federais e por vários outros órgãos estaduais para fabricar pareceres que mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos que resultaram em pagamento de propinas, funcionando como um verdadeiro “biombo legal”. 

Os agentes ainda apuraram que mais do que emitir pareceres inverídicos que camuflavam a corrupção dos agentes públicos, a fundação superfaturava contratos realizados por dispensa de licitação e era utilizada para fraudar processos licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de empresas indicadas por agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus executivos e fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a empresas que concorriam em licitações coordenadas por ela.

Para ocultar a origem ilícita dos valores, além das empresas de fachada nacionais, observou-se que diversos executivos titularizam offshores em paraísos fiscais como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas, indicando não só a lavagem de capitais, como evasão de divisas e de ilícitos fiscais. 

As penas dos fatos investigados podem chegar a quase 90 anos de prisão.