O resgate de dois pichadores de cima de um edifício bloqueou completamente o trânsito da Alameda dr. Muricy, no centro de Curitiba, no início da manhã desta segunda-feira (2).
Segundo testemunhas, por volta das 6h, a dupla escalou a lateral do prédio de comércios com a intenção de invadir o edifício residencial ao lado, mas acabou encurralada no telhado e precisou pedir socorro.
“Seis e pouco a gente escutou como se fosse tiro, mas não dá pra afirmar, e a gente escutou moradores gritando ‘sai, sai daqui’. Subir, eles subiram bonitinhos, mas descer eles não conseguiram. Aí, teve que chamar os bombeiros, em vez de atender uma situação grave que pode estar ocorrendo, tem que vir salvar dois vagabundos que estavam aqui sem poder descer”, diz uma moradora do local.
Ao serem retirados do alto do edifício, os dois foram vaiados por moradores e comerciantes. Ambos foram presos em flagrante e encaminhados para uma delegacia.

Insegurança no centro de Curitiba
Comerciantes da região relatam que a situação não é isolada e aproveitaram para denunciar a insegurança constante na região central da cidade. Conforme eles, os criminosos se aproveitam das marquises dos prédios para invadir estabelecimentos durante a noite. Além disso, assaltos também são constantes.
No entanto, ao mesmo tempo em que falam sobre a falta de segurança, eles preferem não conceder entrevista por medo de represálias por parte dos bandidos. Já que os criminosos até chegam a ser presos, mas poucos dias depois, estão na rua novamente e podem querer vingança.
Apenas uma gerente de loja aceitou conversar com a equipe da RIC Record TV Curitiba e se identificar. Seu relato confirma o medo e a exposição diária a violência que transeuntes e trabalhadores passam no centro da capital paranaense:
“Geralmente ocorrem várias assaltos, pessoas que estão passando, celulares que são roubados. Infelizmente, não conseguem cobrir pra gente poder trabalhar com mais segurança. Quando a gente fecha às 6h da tarde, o pessoal fecha antes, é sempre perigoso. Tem várias pessoas sentadas fumando crack e a gente não tem o que fazer. Várias vezes entraram nas outras lojas. Invasão é uma coisa comum. O medo é constante”, desabafa Alice Margarete.