Um morador do bairro Santa Cândida, em Curitiba, afirma que o policial que atingiu a garota Bárbara Silveira Alves, de 16 anos, que morreu depois de ser baleada durante uma perseguição policial, é o mesmo que o baleou em uma lotérica, na mesma região, depois de confundi-lo com um assaltante há cinco anos. De acordo com a testemunha, que não quer se identificar, o caso aconteceu durante um assalto. “Na hora que tirei o celular pra fazer uma foto, um policial por trás me deu dois tiros e depois veio se defender, alegando que me confundiu com um bandido. Até quando as autoridades vão deixar uma pessoa nas ruas, com arma na mão, fazendo mais vítimas?”, reclama.
Estudante morta
A PM investiga se os policiais foram negligentes durante a abordagem aos assaltantes, que terminou com a morte da jovem, e se houve troca de tiros entre os policias e os bandidos. Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que um dos criminosos corre em direção ao comparsa e os dois fogem em uma moto. Na gravação não é possível identificar se houve ou não algum tipo de confronto. A perícia indicou que o tiro que matou a estudante foi disparado da arma de um dos três policiais.
Confira a reportagem exibida no programa Balanço Geral Curitiba:
Denúncia
Moradores da região gravaram com celulares o momento em que os policiais parecem tentar esconder a arma logo após o crime. “Olha lá, trocaram as armas já”, afirma uma testemunha no vídeo.
Revolta
A mãe de Bárbara, Geovana Alves, afirma que a falta de preparo dos militares causou a morte da filha. “Como que você sai atirando em um período e em um local com grande movimento, com comércio e no horário da saída de alunos de uma escola?”, questiona.
A PM abriu um procedimento administrativo para apurar o caso. Se ficar comprovado que os Policiais Militares agiram de maneira irregular, eles podem ser expulsos da corporação.