A esposa do policial está presa. (Foto: Reprodução/RICTV Record)

Objeto estava em um lava car no bairro Tatuquara. Donos do estabelecimento disseram que havia sangue na mala e no veículo da suspeita

A Polícia Civil apreendeu a mala utilizada por Ellen Homiak, de 33 anos, para transportar partes do corpo do marido, o soldado da Polícia Militar (PM) Rodrigo Federizzi, de 32 anos. Em depoimento, Ellen confessou que matou o marido com um tiro no pescoço, serrou as pernas e enterrou as partes em uma área rural de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

O objeto foi localizado na quinta-feira (18), porém a informação foi confirmada nesta sexta-feira (19). A mala estava em um lava car no bairro Tatuquara, onde a família morava.

A polícia informou que a suspeita deixou o objeto junto com o carro logo após cometer o assassinato. O proprietário do estabelecimento entrou em contato com a polícia para informar que a mala estava lá. O objeto foi encaminhado para perícia.

O fato contraria o depoimento oficial de Ellen, que disse ter queimado a mala usada para transportar o corpo do marido.

As imagens do circuito de segurança do local registraram diversas movimentações da suspeita. Segundo a polícia, mesmo sem possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Ellen levou o veículo da família até o lava car próximo à residência. 

De acordo com o delegado-titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba, Fábio Amaro, os proprietários e funcionários do estabelecimento confirmaram que havia registro de sangue no veículo.

“Todas as pessoas do lava car que tiveram acesso ao veículo, disseram que na parte traseira do automóvel viram manchas semelhantes a sangue. Um dos funcionários do local teria perguntado sobre as manchas à Ellen, que relatou que as manchas eram de uma carne que ela teria comprado no açougue”, disse o delegado.

Entenda o caso
Em depoimento, Ellen Homiak afirmou que matou o marido após uma discussão, pois ele ameaçou interná-la em uma clínica psiquiátrica e fugir com o filho, de nove anos. Nesse momento, segundo a suspeita, ela pegou a arma do marido que estava na cabeceira da cama e efetuou um único disparo no pescoço da vítima. Ela foi presa no dia 10 de agosto após a polícia encontrar manchas de sangue na casa da família.

Depois da execução, a mulher disse que cobriu o corpo e saiu do apartamento durante a tarde. Sem saber o que fazer com o cadáver, ela foi até uma loja de ferragens e comprou uma pá. Imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que Ellen chega ao local. Em seguida ela voltou para casa, deixou o corpo em um quarto fechado e foi jantar na casa de uma vizinha. 

Ao voltar para casa, durante a madrugada, Ellen contou que teve a ideia de serrar as penas do companheiro. Segundo ela, tudo foi feito com uma faca de caça, que estava na cozinha. Ao chegar no osso dos membros, ela utilizou uma serra para terminar de esquartejar o corpo.

Depois de ensacar o cadáver, ela colocou as pernas e o tronco em uma mala, jogou no carro e foi até Araucária, já na tarde do dia 29 de julho, onde enterrou o corpo. Ao retornar para casa, ela iniciou a limpeza do imóvel. A arma do crime, segundo Ellen, foi jogada na Represa do Passaúna, na Região de Curitiba.

Arrependimento
Ellen Homiak chorou bastante durante o vídeo gravado pela polícia no depoimento e disse estar arrependida do crime. De acordo com a suspeita, tirando o fato da discussão com o marido, não havia motivos para a execução da vítima. Ela mesma afirmou que não tinha raiva do companheiro e que ele não merecia morrer dessa maneira.