A hipótese de disparo de uma arma de fogo foi levantada depois da observação de um clarão logo após Cavalli se aproximar do veículo, quando o carro estava estacionado (Foto: Câmera de segurança)

Na errata, o perito alegou que as filmagens de câmeras de segurança possuíam baixíssima definição, impossibilitando pronunciamento sobre o ‘possível tiro’

A Polícia Científica protocolou uma errata nesta quarta-feira (16) justificando que as filmagens, envolvendo o caso do passageiro que foi atropelado por um motorista de aplicativo, possuíam ‘baixíssima definição’, impossibilitando a visualização ‘clara e um pronunciamento categórico quanto a detalhes pormenorizados dos fatos’.

Polícia protocola errata 

Na primeira versão do laudo, divulgado na última segunda-feira (14), o perito indicava que Jean Ricardo Martins Cavalli ‘corre em direção ao veículo e aparentemente realiza um disparo de arma de fogo em direção a este’. Porém, na errata, o perito alegou que as filmagens de câmeras de segurança possuíam baixíssima definição, ‘impossibilitando a visualização clara um pronunciamento categórico quanto à origem do clarão observado’.

A hipótese de disparo de uma arma de fogo foi levantada depois da observação de um clarão logo após Cavalli se aproximar do veículo, quando o carro estava estacionado. Assista abaixo!

Passageiro é atropelado por motorista

Jean e a esposa voltavam de um show quando ocorreu o incidente. O motorista do aplicativo, então, pediu para que R$ 200 fossem pagos pela limpeza do carro. A vítima teria dito inicialmente que não pagaria. O que gerou a briga entre passageiro e motorista de aplicativo de transportes durante a corrida em Curitiba.

Ao chegar na rua Antonio Escorsin, no bairro São Braz, em Curitiba, a vítima desceu do carro. Enquanto isso, segundo a irmã da vítima que falou com a reportagem da RICTV | Record TV, o motorista ficou acelerando com a esposa de Jean dentro do carro e andou por duas quadras com ela.

Jean, desesperado, teria corrido atrás do carro. O motorista do aplicativo parou o carro, a mulher desceu e, então, Jean teria dado um chute no veículo – segundo a própria família. O motorista fez a volta e foi com o carro na direção dos dois, atropelando Jean. Na sequência, o homem fugiu do local sem prestar socorro.  

Defesa de passageiro desmente motorista de aplicativo

De acordo com o advogado da vítima, Luis Roberto Zagonel, as imagens de câmeras de segurança mostram o que realmente teria ocorrido, principalmente sobre a intenção do motorista. “Houve dolo, intenção, para atropelar o Jean. Quando a gente olha a imagem de câmera de segurança, não fica claro a que distância está da via”, explica. Porém, ele e a esposa da vítima foram até o local e constaram que quando Jean foi atingido a 10 metros dentro do recuo de uma loja.

‘Sou obrigada a ser forte’, conta mulher de Jean

Em entrevista com a RICTV | Record TV, a mulher da vítima admitiu que precisa ser forte pelo marido e pela filha. “Ele está usando cadeira de rodas, usa fralda, ele não ‘tá’ fazendo nada sozinho, não ‘tá’ comendo sozinho. Então, está faltando uma parte da cabeça e precisa solicitar uma nova cirurgia. Vai precisar ficar internado durante todo o procedimento. Ele ainda corre riscos, não ‘tá’ bem”, contou a esposa de Jean. 

Assista à entrevista completa!