A Polícia Civil do Paraná reuniu seu alto escalão na tarde desta quinta-feira (15) na tentativa de encontrar soluções para a ameaça de despejo do prédio administrativo que a corporação ocupa na Rua José Loureiro, no Centro de Curitiba. Em janeiro de 2013 duas ações judiciais determinaram a desocupação do imóvel, mas a Promotoria-Geral do Estado recorreu e impediu, ou pelo menos adiou, o despejo.

A dívida com aluguéis do imóvel é a razão pela qual mais de 500 servidores que trabalham nos 12 andares do edifício correm risco de ter que desocupar o prédio.  De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) há um impasse nas negociações para a renovação do contrato de locação.

A Sesp não informa o valor total da dívida nem diz há quanto tempo os alugueis estão atrasados. Mas as conversas de bastidores dão conta de que o atraso nos pagamentos é de aproximadamente dois anos.

O presidente do Sindicato dos Investigadores do Paraná (Sipol), Roberto Ramires, lamenta o fato de a Polícia Civil não ter um prédio próprio. “Para se fazer segurança, é preciso que as instituições tenham condições. Um local adequado é o mínimo que se espera para que o serviço seja prestado com qualidade”, defende.

A Sesp informou por meio de nota que, chegada a hora de renovar o contrato, os donos do prédio queriam reajustar o aluguel em 100%, percentual considerado completamente fora da realidade do mercado. Por causa da dificuldade para chegar a um acordo, a Polícia Civil continuou ocupando o imóvel sem contrato. A Secretaria não adiantou se a Polícia Civil vai sair do imóvel, mas adminte que a corporação já estuda outros edifícios para sediar a instituição. Se isso acontecer, os proprietários do atual imóvel devem ser indenizados.