O objetivo da ação é levantar o patrimônio dos envolvidos e evitar a fuga dos suspeitos
A Polícia Civil cumpre, na manhã desta quinta-feira (14), em Curitiba, quatro mandados de prisão e outros quatro de busca e apreensão. Os alvos da operação são duas sócias-proprietárias e dois diretores da agência de turismo Interlaken, suspeitos de aplicar um golpe de aproximadamente R$ 2 milhões, lesando mais de 200 vítimas.
O objetivo da ação é levantar o patrimônio dos envolvidos e evitar a fuga dos suspeitos. Os mandados estão sendo cumpridos nos bairros Juvevê, Ahú, Atuba e Alto da XV.
Para tentar garantir o ressarcimento das vítimas, o delegado-titular da Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor (Delcon), Guilherme Rangel, solicitou à Justiça o bloqueio dos bens dos proprietários e diretores, assim como todas as contas-correntes vinculadas aos CPFs e CNPJs dos investigados. A quebra dos sigilos bancário e fiscal foram requeridos e autorizados pelo Poder Judiciário. O delegado, que coordenou a operação, afirmou que o bloqueio dos bens e das contas bancárias dos investigados tem como objetivo garantir o ressarcimento às vítimas.
Os quatro suspeitos foram presos em casa por volta de 6h. A polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da agência de turismo Interlaken e na casa dos investigados.
De acordo com Rangel, foi apreendida grande quantia de documentos, celulares, cheques, um cofre, computadores e o passaporte dos donos e diretores. “Nosso próximo passo é analisar todo o material apreendido e verificar o que vai fazer parte do inquérito, apreendemos muitos documentos, inclusive celulares com mensagens que também servirá como prova em todo processo”, disse.
O delegado lembra ainda que de acordo com alguns boletins de ocorrência, há suspeitas de que os proprietários da empresa tenham usado dados pessoais de clientes, como números de documentos e informações bancárias, para negócios próprios.
As quatro pessoas presas responderão pelos crimes de estelionato, propaganda enganosa, associação criminosa e por induzir o consumidor ao erro. A prisão é temporária, podendo ser prorrogada por mais cinco dias.
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No último mês de agosto, a Interlaken publicou em sua rede social um aviso de encerramento das atividades direcionado aos clientes, o que causou revolta entre os compradores de pacotes ainda pendentes. O comunicado publicado na página da empresa dizia: “após 30 anos de serviços prestados ao segmento de turismo, infelizmente encerramos as nossas atividades em função da crise econômica”.
Com informações da RICTV Record