Polícia diz que assassinato de consultor de moda pode ter sido passional: "desentendimento ou briga"
O delegado Tito Barichello, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) afirmou que uma das linhas de investigação da morte do consultor de moda Walter Luiz Mariano Machado é de que o crime tenha sido passional. Conforme as características da morte de Walter, que teve apenas um corte profundo no pescoço e não resistiu aos ferimentos, a Polícia Civil acredita que tenha acontecido algum desentendimento entre a vítima e o autor do golpe.
O assassinato foi registrado por volta das 4h da madrugada deste domingo (29) na Rua Lamenha Lins, no bairro Rebouças, em Curitiba. Outro questionamento da polícia é sobre o que levou a vítima a parar o veículo no local.
“É uma rua de prostituição, tanto masculina, quanto feminina, então ele estava neste local, então uma das linhas de investigação é justamente essa, porque pela característica da lesão, eu estive analisando, não me parece que seja de faca, porque não tem aquelas bordas causadas pela faca, me parece um estoque. Estoque é um pedaço de madeira, ou um ferro, ou uma chave de fenda”, detalhou o delegado Barichello.
“O que significa isso? Significa que não é um crime premeditado [..], esse era um instrumento que estava disponível naquele momento, típico de um crime passional, ninguém faz um furto, um roubo, com um pedaço de pau, com uma ponta, ou com uma chave de fenda […]. Alguém desentendimento, pode ser uma briga ou uma outra situação, que gerou a morte”,
relatou o delegado.
Até o momento, a polícia apurou que somente o celular da vítima desapareceu. “O indicativo não é de latrocínio em um primeiro momento, mas não vamos descartar essa possibilidade, porque a investigação está iniciando. Aparentemente é um crime passional, um crime de desacerto de algum contexto, afetivo ou até mesmo de uma relação comercial de compra de drogas pode ser, porque aqui é um local, nós sabemos, de tráfico de drogas”, complementou Barichello.
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O gerente da loja na qual Walter trabalhava relatou que a vítima era uma boa pessoa, que já atuava no local há 15 anos e era ex-dependente químico, mas que não fazia mais uso de entorpecentes. Solteiro, Walter gostava de sair para se divertir com os amigos.
Imagens de câmeras de segurança mostraram Walter saindo do carro e perseguindo duas pessoas pela rua, já ferido aparentemente. As duas pessoas saíram correndo e a vítima voltou para o veículo, onde foi encontrada morta logo depois.