Foto: Lúcio André/RICTV

Polícia apreendeu vários tipos de documentos falsos, além de computadores e impressoras usadas na confecção do material

A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (26) uma quadrilha
suspeita de falsificar e vender documentos em Curitiba. O grupo formado por
quatro pessoas foi encontrado em uma casa no bairro Portão, na capital, que
funcionava como um laboratório para a produção das falsificações.

No local, além de computadores e vários tipos de
impressoras, foi apreendida grande quantidade de documentos falsificados. A
quadrilha fraudava qualquer tipo de documento. No apartamento que funcionava como laboratório, foram encontrados atestados médicos, comprovantes de residência e renda, cédulas de identidade de vários estados, carteiras de habilitação, documentos de veículos, cartões de crédito, e várias outras falsificações.

Rui Menin, de 39 anos, que atende pelo apelido de “Cerebro”,
é o supeito de chefiar a quadrilha e de comandar um esquema de venda de
documentos falsos que atendia em todo o Brasil. Ele era procurado por estelionato pela Polícia Federal e
possui uma extensa ficha criminal. De acordo com o delegado Ricardo Brown, titular do Centro
de Operações Policiais Especiais (Cope), o suspeito afirmou em
depoimento que podia “fabricar uma pessoa nova”.

“Com os dados de uma pessoa comum, ele poderia transformar
qualquer foragido em uma pessoa de boa fé, com identidade, CPF, carteira de
motorista e declaração de Imposto de Renda”, explicou o delegado.

“Cérebro” tem curso superior e pós-graduação e em entrevista
ao repórter Lucio André, do Cidade Alerta Paraná, disse que não considera o que
faz como crime, mas “uma arte”.

Além de Rui Menin, a polícia prendeu ainda André Ricardo da
Silva, de 42 anos, Valter Manoel Quintino, de 48, e Fabiana Alconches Lopes, de
31. Esta última seria namorada de Rui e possuía três carteiras de identidades de estados diferentes.

De acordo com o delegado Ricardo Brown, as investigações da
Polícia Civil vão continuar. “Agora a polícia continua trabalhando para
descobrir quem são os clientes desta quadrilha”, afirmou.