Polícia do RS indicia sete pessoas por tortura a ladrões de carne em mercado
Sete funcionários de um supermercado de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), foram indiciados pelo crime de tortura, nesta quinta-feira (15). E destes, seis ainda vão responder por extorsão mediante sequestro. Eles são suspeitos de agredir violentamente dois homens que furtaram duas peças de picanha do mercado.
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Conforme a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o caso ocorreu no dia 12 de outubro. Dois homens de 32 e 47 anos furtaram as carnes e um deles as escondeu na cintura, por baixo da camiseta. Os seguranças, que são de uma empresa terceirizada, notaram o roubo e conduziram os homens para o depósito do mercado.
No local, agrediram a dupla por 45 minutos, de todos os jeitos: dando socos, chutes, batendo com ripas de madeira, e com um palete. Tudo foi filmado pelas câmeras de segurança do mercado. Depois das agressões, a dupla foi obrigada a pagar R$ 644 pelas carnes, que juntas não passavam de R$ 200. Os produtos foram distribuídos entre os seguranças e os suspeitos do furto foram liberados.
Eles procuraram a polícia, que chegou ao mercado logo após os suspeitos da agressão terem apagado as imagens das câmeras de segurança. Como tinha sido recente, foi possível recuperar as imagens, que ajudaram a comprovar o crime.
Entre os sete indiciados, estão o gerente e o subgerente do mercado, além dos cinco seguranças. E entre estes cinco, dois são policiais militares da ativa e um policial militar aposentado. Eles fariam parte de uma empresa de segurança que não tem autorização da Polícia Federal para atuar.
Os indiciados pela estorsão mediante sequestro são o gerente Adriano Dias, e o subgerente Jairo da Veiga, o primeiro-tenente da reserva Gilmar Cardoso Rodrigues e os soldados em estágio probatório, lotados no 20º Batalhão de Polícia Militar (20º BPM), na Zona Norte de Porto Alegre, Gustavo Henrique Inácio Souza Dias e Romeu Ribeiro Borges Neto. além dos seguranças Alex Ned de Lazier e Ernesto Simão de Paula, vinculados à Glock Serviços de Portaria, empresa que era responsável pela segurança do local.
O caso continua sob investigação da Polícia Civil.