A Polícia Civil identificou o suspeito de aplicar o golpe do aluguel de casas para veranistas em cidades do litoral do Paraná e Santa Catarina. Luan Adriano Sotana Bernardes anunciava casas e apartamentos para alugar nas praias de Guaratuba/PR e Balneário Camboriu/SC. Os anúncios eram feitos por meio da internet durante a negociação com as vítimas. Segundo investigações, o golpista informava um número de conta bancária para que os depósitos fossem realizados e quando as vítimas chegavam ao litoral para aproveitar as férias, descobriam que haviam caído em um golpe.

De acordo com informações do delegado da 15.ª Subdivisão Policial (SDP) de Cascavel, Ademair Braga Junior, o suspeito é alvo também de outras investigações. “No ano passado descobrimos que ele anunciava produtos eletrônicos na internet. Esses produtos na verdade não existiam e eram comercializados por Luan Bernardes. As vítimas efetuavam o pagamento, mas não recebiam”, explica o delegado.

Desta vez, aproveitando a época do ano, o Bernardes diversificou a área de atuação e postou fotos de casas e apartamentos para locação nos litorais do Paraná e Santa Catarina. As vítimas são de várias regiões do Brasil. “Estamos verificando a origem dessas fotos. Acreditamos que foram baixadas de outros sites de anúncios e utilizadas indevidamente”, ressalta o delegado.

Confira a reportagem exibida no programa Balanço Geral Curitiba: 

A identificação foi possível a partir da localização de um “laranja” que teve a conta bancária utilizada por Luan Bernardes. O rapaz que reside no Bairro Santa Cruz, em Cascavel e emprestou os dados bancários ao acusado, afirmou que alguns valores passaram por sua conta, porém não ficou com nenhum dinheiro. Pelo empréstimo da conta, ele recebia porções de cocaína.

No ano passado, foi solicitada a prisão preventiva de Bernardes, mas foi negada pela Justiça. Agora, com novas provas e com o fornecimento de cocaína a pelo menos um dos “laranjas”, novamente a prisão preventiva será requerida ao Judiciário. “Temos informações que os acusados não estão mais em Cascavel. A suspeita é de que estejam residindo na região metropolitana de Curitiba”, finaliza o delegado.