A polícia australiana invadiu o café onde clientes eram feitos reféns e acabou com a tensão que tomava conta da situação há mais de 14 horas. O cerco terminou com três mortes e quatro feridos. As imagens transmitidas pelas emissoras de televisão mostram várias pessoas sendo transportadas em macas.
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A polícia informou que o homem responsável pelo atentado, identificado como Man Haron Monis, de 50 anos, está entre as vítimas. Além dele, um homem de 34 anos e uma mulher de 38 anos também foram mortos.
Um policial e outros três reféns também ficaram feridos durante a ação e foram encaminhados ao Royal North Shore Hospital. Segundo informações de um porta-voz do local, nenhum deles está em estado grave. Uma mulher foi baleada na perna e um oficial foi atingido por um tiro de raspão no rosto, o estado de saúde de ambos é estável. Uma outra mulher, de 30 anos, chegou ao hospital reclamando de dores nas costas.
A polícia bloqueou parte do centro de Sydney, próximo à área financeira, enquanto dezenas de agentes cercavam o Lindt Chocolat Cafe. As imagens das televisões mostraram uma bandeira com inscrições em árabe presa numa janela.
A polícia australiana indicou que o autor do sequestro em Sydney é um refugiado iraniano que está em liberdade sob fiança. Segundo a imprensa australiana, o suspeito é identificado como Man Haron Monis, um homem de 49 anos que se apresenta como um pregador do Estado Islâmico e que estava em liberdade sob fiança, acusado de cumplicidade no homicídio da ex-mulher.
Monis foi também acusado este ano de ter agredido sexualmente uma mulher em 2002 e de outros 40 crimes de agressão.
O suspeito nasceu no Irã como Manteghi Bourjerdi e chegou à Austrália em 1996, tendo adotado o nome de Man Haron Monis.
Ele participou de vários protestos contra a presença das tropas australianas no Afeganistão e enviou cartas de ódio a famílias de soldados australianos mortos em conflitos no exterior.