Segundo a família da vítima, a esposa do soldado Marcos teria tentado matar o marido com cianeto de potássio
*Com informações do repórter Daniel Santos, da RICTV Curitiba
A Polícia Civil do Paraná abriu um novo inquérito para investigar a morte do policial militar Marcos Rodrigues Ferreira, de 40 anos. Desta vez, a polícia quer apurar se a mulher da vítima, Karla Fernanda Menezes Ferreira, que já confessou ter planejado a morte do marido, já teria tentado envenenar Marcos.
Familiares do policial, que moram em Ourinhos, São Paulo, desconfiam que Karla tentou envenenar o marido duas vezes no último ano. Na páscoa de 2017, enquanto visitava a família no outro estado, ele teria confessado a um parente que suspeitava de envenenamento. “Ele reclamou que não estava se sentindo bem e disse que achava que a mulher estava colocando algo na comida dele. Ele mesmo pesquisou na internet e disse que os sintomas podiam indicar isso”, disse a fonte.
Há aproximadamente dois meses, Marcos voltou a se sentir mal. Desta vez, os sintomas foram mais severos e ele ficou 40 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Cruz Vermelha, em Curitiba. A família acredita que nesta ocasião, Marcos também pode ter sido envenenado. “Ele teve vômito, passou muito mal e ficou muito tempo hospital”, completou o parente.
Segundo os advogados da família, a substância usada no envenenamento seria cianeto de potássio, que é ilegal e altamente tóxica.
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A delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que pretende ouvir a equipe médica que atendeu Marcos no Hospital da Cruz Vermelha e peritos do Instituto Médico Legal (IML). Um pedido de exumação do corpo do policial não está descartado. “É menos provável, porque esse tipo de substância desaparece do corpo muito rápido. Mas é claro que não se pode descartar. Vai depender do rumo que as investigações tomarem”, explicou.
O crime
O soldado Marcos Rodrigues Ferreira foi assassinado dentro de casa, no bairro Campo de Santana, na noite de quarta-feira (26). Em um primeiro momento, a polícia acreditava que se tratava de um latrocínio (roubo seguido de morte). Mas essa possíbilidade foi rapidamente descartada, pois o crime apresentava indícios de execução.
Poucos dias depois, Karla confessou ter planejado a morte do marido e entregou o amante dela, o soldado do Exército Fernando Lemes, de 18 anos, como autor do disparo que tirou a vida de Marcos. Os dois já estão presos.
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