A Polícia Civil prendeu um dos suspeitos de envolvimento com o assassinato de Thiago Ferreira Veiga, de 26 anos, na manhã da última quarta-feira (1º). A vítima foi morta durante uma tentativa de assalto, na própria residência, no bairro Jardim Palmares, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, no início de junho.
De acordo com um dos investigadores responsáveis pelo caso, a identificação do suspeito ocorreu graças a uma prova técnica. “O autor suspeito teria levado um tiro após o embate corporal e teria dado entrada no hospital Angelina Caron. Então, imediatamente, eu fui até o hospital, consegui identificar e qualificar esse suspeito”, explica Luiz Felipe Carioca.
Na sequência, a bala retirada do corpo do homem foi comparada com os projéteis encontrados na casa e nas outras vítimas. “Foi solicitado o projétil que estava no corpo dele para fazer confronto com os projéteis encontrados nas vítimas que acabou falecendo e na residência. Deu positivo. Então, temos certeza que ele foi o atirador. Ele falou que esteve lá, mas que não foi ele quem atirou, mas nós temos toda a convicção”, completa o delegado Herculano Abreu.
O assaltante detido já possuía passagem pela polícia por estupro vulnerável e inúmeras infrações registradas enquanto ainda era menor de idade.
A investigação continua com o intuito de identificar e prender pelo menos outras duas pessoas que participaram do assalto.
O crime
Um trio de suspeitos invadiu a residência da família enquanto era realizado um churrasco na madrugada do dia 4 de junho. Conforme as testemunhas, armados, os criminosos pediram que todos deitassem no chão e anunciaram o assalto, mas Thiago reagiu e acabou ferido com pelo menos quatro disparos de arma de fogo.
A mãe de Thiago, Rosângela Ferreira da Silva, de 48 anos, e o irmão, Thauan Ferreira Lopes, de 20 anos, também foram baleados, mas sobreviveram.
Marcelo Veiga, pai de Thiago, declarou à RIC Record TV Curitiba, que a prisão de todos os bandidos é esperada pela família, mas que nada poderá trazer o jovem de volta. Ele conta que as netas, uma de 4 anos e uma de 1 ano e meio, pedem do pai todos os dias e é difícil explicar o que aconteceu.
“Na frente delas eu procuro passar calmaria, passar uma tranquilidade, que daí elas se sentem bem junto comigo. Mas a partir do momento que eu fico sozinho, não dá. Elas acordam chorando, pedindo do pai: ‘Cadê meu pai?’. O que você vai falar? O pai está lá no céu, virou uma estrela, um herói?”. Ainda segundo o homem, todos os dias ele pensa no filho teve a vida roubada pela violência. “Não tem como dizer que você está firma, está forte porque todo dia eu penso nele. Ele era um filho muito parceiro, muito amigo, sempre participou de tudo na minha vida”.