A Polícia Civil prendeu temporariamente, nesta quinta-feira (10), dois homens, de 34 e 31 anos, e uma mulher, de 26 anos, por suspeita de envolvimento na execução de três amigas em Colombo, na Grande Curitiba. Alyne Cristina de Souza, de 19 anos, Khenia Karoline Ramos de Lima, de 17 anos, e Ellyn Cauany Cavalari de Siqueira, de 23 anos, foram torturadas e assassinadas com vários disparos de arma de fogo em setembro deste ano.
Até o momento, cinco pessoas já foram detidas por participação no crime. Outras três são consideradas foragidas e são procuradas pela polícia.
Segundo as investigações, Alyne e Khenia foram executadas porque deviam para traficantes, já Ellyn acabou morta porque estava junto com as amigas que eram alvos dos criminosos.
O delegado Herculano de Abreu explica que Ellyn teria sido raptada para para que os traficantes conseguissem capturar Alyne e Khenia. Na sequência, as três foram mantidas em uma residência onde foram brutalmente torturadas até que foram levadas para Quatro Barras, também na região metropolitana da capital, e executadas com vários disparos de arma de fogo.
“As duas [Alyne e Khenia] tinham envolvimento com o tráfico e essa primeira [Ellyn], que foi mantida como refém, nós acreditamos que foi usada para achar as outras duas”, disse Herculano de Abreu.
Ainda conforme Abreu, o mandante do crime é um traficante que comandava uma organização de tráfico e os executores são seus subordinados. Quanto a quantia que as vítimas deviam ao tráfico de drogas, o delegado pontua que era uma quantia pequena, menos de R$ 300, mas que elas foram usadas para servirem de exemplo.
“Uma delas seria uma espécie de aviãozinho, pessoa que revendia a droga. Parece que ela pegou essa droga e não repassou o dinheiro. Então, a motivação com certeza era o tráfico. […] O valor da dívida em si é irrisório, mas acredito que a motivação maior é o fato de mostrar de exemplo: quem participa e não repassa o dinheiro ou quem não paga o que está devendo, o final é esse”, finalizou Abreu.
Crime brutal
As três amigas desapareceram no dia 27 de setembro em Colombo. Durante a investigação, a Polícia Civil descobriu que os aparelhos celulares das três foram desligados ainda no dia 27, e chegou a ir até uma residência onde elas estiveram, apontada pela localização dos smartphones, no entanto, o local foi encontrado abandonado.
Onze dias depois dos desaparecimentos, as vítimas foram localizadas em estado avançado de decomposição em uma área de mata em Quatro Barras, também na região metropolitana da capital.
A perícia apontou que as três amigas foram bastante agredidas antes da execução. Seus corpos estavam com vários ossos quebrados e duas delas tiveram os dentes arrancados.