O padastro de Pablo estava foragido há mais de três meses

O principal suspeito pelo assassinato do pequeno Pablo França, de 3 anos de idade, em Mandirituba, região metropolitana de Curitiba foi preso na tarde desta quarta-feira (18). João Batista da Silva, de 25 anos, estava foragido desde o dia 05 de agosto, quando entregou o menino quase sem vida para a mãe. Ele estava hospedado em um hotel, próximo à Travessa da Lapa, no Centro da capital paranaense.

O padastro de Pablo foi levado para a Delegacia de Fazenda Rio Grande, onde estão concentradas as investigações. No momento da prisão ele estava com aproximadamente R$ 1 mil em dinheiro e uma arma de brinquedo.

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João Batista disse à polícia que, nesses quase quatro meses que se passaram desde a morte da criança, ele não saiu de Curitiba. O suspeito afirmou que ficou o tempo todo trabalhando como atendente em uma lanchonete da região central.

Em depoimento à polícia, o padrasto negou que tenha assassinado o pequeno Pablo. Ele afirmou que num “momento de descuido”, a criança escorregou e bateu a cabeça, caindo no rio onde ele estava pescando.

O delegado Fábio Machado disse, no entanto, que “há indícios fortes de que a criança foi assassinada de forma brutal”. Segundo o delegado, o laudo do Instituto Médico legal (IML) aponta que os ferimentos analisados na vítima não são de um simples acidente.

Os exames do IML descartaram também a possibilidade de que Pablo tenha sofrido violência sexual. Não foi encontrada presença de sêmen nas amostras colhidas na criança. No entanto, a vítima apresentava uma dilatação anal que pode indicar que ele já tenha sofrido abuso sexual antes, mas não no dia do crime.

Relembre o caso

João Batista é o principal suspeito pela morte do menino. No dia da morte do garoto, ele havia levado Pablo para um passeio numa chácara vizinha à casa onde a família morava em Mandirituba. Depois de algumas horas, eles voltou pra casa com a criança toda machucada, e teria dito à mãe do menino que ele havia se afogado.

Os médicos que atenderam Pablo no Hospital Municipal de Mandirituba chamaram a Polícia. A criança chegou desmaiada ao local e tinha sinais de agressão. A médica que atendeu o caso, disse também que havia indícios de violência sexual no corpo do menino.

A mãe do garoto, Welida Cristina França Rodrigues, e o vizinho do casal, João Nadir de Jesus, conhecido como “Coelho”, estão presos suspeitos de dar cobertura para que o padrasto conseguisse fugir.

*Com informações do repórter Lúcio André, da RICTV Record

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